Por Silvio Pessoa *
Não precisamos de novos hotéis, mas sim de incentivos aos que aqui estão instalados e lutam bravamente para continuarem abertos, nosso centro histórico tem três hotéis de luxo instalados em prédios protegidos, sendo que um deles passa por uma grave crise, além é claro das pousadas de charme.
Precisamos de políticas públicas para manutenção e preservação dos nossos monumentos históricos bem como o enfrentamento da insegurança e dos graves problemas sociais que atingem nosso patrimônio da humanidade (Pelourinho).
O Palácio do Rio Branco pode sim continuar como um museu ou sede de uma secretaria a exemplo a do Turismo. Se a intenção do governo é estimular a ocupação de prédios tombados existem diversos casarões vazios e o próprio estado deveria ser o primeiro a dar este exemplo.
Sabemos que em outros países prédios históricos são usados como hotéis, mas este não é o caso de transformar a primeira residência oficial do governo do Estado, pois iria concorrer e canibalizar um mercado que ainda não está maduro. Precisamos que o núcleo duro do estado (casa civil, infraestrutura e fazenda) encare o turismo como atividade econômica e estratégica pois geramos 7,5% do PIB, depois do agronegócio somos os maiores empregadores e temos uma dotação orçamentária somente de 0,14%, o que em áureos tempos chegou a 0,73%.
Com a crise da Avianca o estado precisa traçar metas claras de como irá se comportar com o ICMS do querosene da aviação pois, a guerra fiscal está instalada e perdemos HUBS (distribuição de voos) para Fortaleza, Recife e agora São Paulo que entrou com grande determinação para conquistar uma eficiente malha aérea. Nossos esforços devem ser centrados para atração de voos internacionais e companhias “low costs”.
O que vemos hoje são “cortinas de fumaça” tirando o foco dos nossos grandes desafios.
*Silvio Pessoa tem formação em Gestão de Negócios Turismo e MBA em Marketing é Diretor da Rede Sol Express, Presidente da FeBHA. Vice-Presidente da CNTUR, Vice-Presidente do