Foto do Hospital das Crianças (vejam que o bairro já teve até um Hospital das Crianças!) posteriormente no Governo de Regis Pacheco, na década de 50, foi ampliado com mais duas novas alas e passou a funcionar também a Maternidade Nita Costa. Pela foto dá para ver que era mesmo uma construção imponente, com enormes escadarias e a entrada principal voltada pela Rua Marquês de Monte Santo. No governo de Juracy Magalhães, na década de 60, a Maternidade foi fechado devido ao estado em que o imóvel se encontrava, bastante deteriorado,( mas tem quem diga que o fechamento foi politico porque Antonio Balbino, que sucedeu Regis Pacheco, queria construiu outro maternidade que seria muito melhor e construiu a Tysila Balbino, dificultando a liberação dos recursos que seriam destinados a Nita Costa), mesmo em estado de conservação precária, em uma das alas, até 1983, funcionou um orfanato, ano que foi definitivamente fechado. No governo de Waldir Pires, já em 2006, chegou a se falar que seria construído um centro integrado do menor, mas não foi adiante e o que restava da construção acabou abandonado, vandalizada e destruída. A unica parte que ficou intacta, para contar a história, foi a escadaria.
O terreno de aproximadamente 19 mil metros de área entrou em uma disputa judicial, que se arrastou por vários anos. Em 2017 a empreiteira Odebrecht conseguiu comprar e planejava construir no local três torres e um hotel de luxo, inclusive, iniciando a retirada de terra com várias caçambas entrando e saindo pela pista principal,e anunciado a central de vendas, em um outdoor bastante visível voltado para a Rua Marquês de Monte Santo. No inicio, a obra gerou muita polêmica e descontentamento no bairro, muita gente se manifestou contra a destruição de mais uma área verde, ampliando o processo de descaracterização do Rio Vermelho, inclusive, com denuncias de que com o desmatamento, animais que habitavam no local estavam sendo dizimados. Porém, com o escândalo da Operação Lava-Jato, envolvendo a empreiteira no esquema de pagamento de propina a parlamentares, tudo ficou parado. A informação que circulou na imprensa é de que o terreno foi vendido para a BV Financeira que é do Grupo Votorantim e até hoje ninguém sabe ao certo o que vai acontecer no local. No momento o terreno está cercado, sem nenhuma movimentação de obra e quem mora no entorno, principalmente na Rua do Barro Vermelho,que a área ficou abandonada e deixaram por lá uma estrutura de alumínio que acumula água, contribuindo para a proliferação do mosquito da dengue. Na Biblioteca do Rio Vermelho, que atualmente está fechada devido ao isolamento social, tem livros e fotos que contam com detalhes a história desse prédio, que na verdade é parte da história da cidade. Quando a Biblioteca reabrir, quem tiver interesse em se aprofundar nesse história e em outras do bairro, pode visitar a Biblioteca e pesquisar.
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