Cartórios testam paciência da população

É revoltante a humilhação que estão passando as pessoas que precisam resolver qualquer problema nos cartórios da cidade. Hoje pela manhã em frente ao 4º Ofício de Notas, no Sumaré mais de 500 pessoas formavam uma fila desde as 7h, para disputar um das 100 senhas que somente começaram a distribuir às 9h, para um serviço que começa a funcionar às 12h30. Depois de uma greve de mais de três meses que causou inúmeros problemas para a população, o mínimo que se poderiam fazer para minimiza a situação seria dilatar o horário do atendimento, principalmente por se tratar de um dos piores serviços prestados normalmente. Mas continuam agindo como se nada tivesse acontecido e ninguém toma providência. Tal qual o jargão utilizado por um dos personagens de Chico Anísio, eles querem mesmo é que o povo “se exploda.”

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1 Comentários
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  1. A greve agrava a situação. Mas independente da greve os cartórios são regidos pela burrocracia e alienação tecnológica sem contar o despreparo dos servidores tanto tecnicamente como nas relações humanas.
    Eu mesmo precisando de um serviço cartorário, me dirigi ao 9° cartório que fica em um centro comercial no bairro do Itaigara.
    Sabendo de toda realidade(dificuldade), primeiro fui buscar informações, tentei os três números de telefone, chegaram a atender algumas vezes e quando iniciava minha pergunta estranhamente a ligação era desligada, decidi ir pessoalmente, a funcionária que me atendeu, informou dos documentos necessários, que o atendimento era por ordem de chegada e o documento seria expedido na hora. De posse dos documentos necessários e com o outorgado fui mais uma vez ao referido cartório. Fui atendido pela mesma funcionária, que no dia anterior me informou do que era necessário, aguardei minha vez, apesar do horário de funcionamento estar exposto para o grande público na porta de entrada, 8:30h, nem todo o efetivo estava em seus postos de trabalho, pude notar um gabinete com a porta entreaberta, deduzi, aqui é a sala do tabelião, apesar de um forte cheiro de desinfetante na sala era perceptível mofo nas paredes, fios soltos e divisórias quebradas, além é claro de um Senhor aparentando uns 60 anos em um papo animado no telefone, me perguntei: será assunto de trabalho? O atendimento propriamente dito só iniciou uma hora depois, sendo eu o segundo, só fui atendido às 10:00h, até ai tudo bem, pois já tenho tudo que precisa, hoje saio daqui com este documento. Mas eis que me deparo com uma "grande surpresa”: a funcionária me passa um formulário e um boleto explicando que após o pagamento(que só será pago em uma agência bancária) e o preenchimento do formulário deveremos, eu e o outorgado, retornar para assinatura dos papéis definitivos após 5 dias úteis. Desisti e até hoje não fiz a procuração, ainda bem que não é caso de vida ou morte.
    Alguns podem dizer que a privatização é a solução, eu discordo, porque as empresas de telecomunicações, planos de saúde, energia elétrica etc que foram privatizadas, estão ai com seus péssimos serviços explorando o cidadão médio e engordando o bolso de seus acionistas com lucros astronômicos decorrentes da mão de obra barata e da sonegação de impostos facilitados pelos subornos e pelas prevaricações.
    As engrenagens do sistema público brasileiro existem. Só estão um pouco enferrujadas. Para seu perfeito funcionamento é imprescindível à lubrificação.
    Glossário
    Engrenagens = burocracia e seus departamentos
    Lubrificação = suborno

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