Mico perdido no labirinto de fios

Mico perdido no labirinto de fios
Assusstado e faminto o mico...
Os espigões de concreto estão substituindo as árvores no Rio Vermelho e o resultado já visível são pássaros e micos usando a fiação elétrica como se fossem galhos, em busca de alimento. Esse mico com cara assustada, andou circulando esta manhã pela Almirante Barroso, se equilibrando no fio de alta tensão para chegar até as árvores que ainda estão preservadas no quintal da Casa de n º 10. Não faz muito tempo que a Almirante Barroso era uma ladeira de barro batido, com casas de quintais imensos repletos de pés de manga, jambo, sapoti, goiaba, banana e carambola. Olhando para a quantidade de novas construções nem dá para imaginar que a rua no passado nem tão remoto tinha tantas árvores. Os micos faziam a festa se alimentando, pulando de galho em galho. Mas o tal progresso predatório anda acabando com tudo deixando os animais zonzos como esse pobre mico desgarrado do seu bando. Mas na verdade nos é que estamos pagando mico com tanta agressão à natureza.
usa a fiação elétrica
para procurar alimento








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4 Comentários
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  1. ola. tudo blz? estive por aqui. muito interessante com um texto muito bom. apareça por la. abraços.

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  2. O que gosto nesse blog é que sempre tem uma novidade. Essa dia hoje foi muito boa.

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  3. O que eu gosto desse blog é que mantém vivo o meu antigo Rio Vermelho e o atual, embora, sofrendo tamanha agressão da ganância imobiliária. Mas as mudanças têm sido lentas. Ainda bem. E ainda resta muito do passado, que se mistura com a atualidade e, certamente , e misturará com o que vem por aí... O texto postado, me obriga à uma viagem no túnel do tempo. Morei naquela ladeira ( a casa foi reformada e não me lembro o seu número ( 16 ? ), mas bem no início da ladeira de barro ) , quando tinha os meus cerca de 10 anos e sei exatamente o que era, o que o texto reproduz com grande fidelidade. Bem ali na pracinha, havia a casa do Dr. Mata Barros (não me lembro o seu primeiro nome ) , engenheiro e professor de eletro-mecânica, que tinha um quintal imenso, tão grande que ia até onde hoje é o Convento da Medalha Milagrosa e do meu amigo de infância Ary ( não sei se com "y" ou com "i" . Realmente, os animais e pássaros faziam a festa ! Não muito longe dali, morei também na rua Bartolomeu ( quase que uma coincidência com o meu próprio nome ) de Gusmão, numa casa com um terreno imenso , onde meu pai , além de cultivar uma horta , mantinha um bananal e ainda criava galinhas da raça Leghorn ( acho que é assim que se escreve ) .
    O maior detalhe que me faz pensar no Prof.Mata-Barros, é a sua casa que estava sendo sempre ampliada e transformada num verdadeiro labirinto. Eu e o Ary brincávamos por aqueles espaços quase que secretos, onde era muito difícil um encontrar o outro. O prof. , como todos os outros moradores, iam e voltavam de bonde da cidade. O curioso era que em cada viagem , estavam, via de regra, os mesmos passageiros ....

    Quantos aos micos, uma outra tropa, é presença constante na fiação aérea e árvores do Parque Cruz

    Aguiar. Alguns têm a coragem de invadirem cozinhas, em busca de alimentos !...

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