Carnaval no Rio Vermelho é mais problema do que solução

O Rio Vermelho foi cogitado mais uma vez para integrar o circuito do carnaval de Salvador. A sugestão esdrúxula foi apresentada pela diretora de eventos da Secretaria Municipal de Turismo (Saltur), Eliana Dumet, como forma de reduzir a sobrecarga de foliões nos circuitos tradicionais da festa, no último dia do seminário Panorama Carnaval -Propostas e soluções, que aconteceu na quinta-feira no Teatro Jorge Amado na Pituba.

O argumento de Dumet é que é preciso criar novos espaços e não novos circuitos. Segundo ela uma possibilidade “interessante” seria investir em uma festa no Rio Vermelho, onde já há “naturalmente uma efervescência cultural”. O que a gestora não sabe é que os moradores do bairro já rejeitaram essa proposta, considerando que essa festa ampliada para o bairro traria mais problemas do que solução. 

Diante dessa nova investida contra o bairro torna-se necessária uma mobilização o mais rápido possível da comunidade para impedir que mais essa insensatez seja cometida contra o Rio Vermelho, onde já existe um carnaval espontâneo realizado pelos próprios moradores sem maiores transtornos para a região. Somente que não conhece o bairro e os problemas que já enfrenta por conta da falta de manutenção, para propor uma solução dessa.

Ainda de acordo com a explanação feita por Dumet, a Avenida Adhemar de Barros, em Ondina “é um local nobre demais para ser utilizado apenas como passagem, estacionamento e área de carregamento de trios.” É um trecho bem localizado, que poderia ser melhor aproveitado com atrações que agregarão valor ao local”, acrescentou.