Bicicletário chega ao Rio Vermelho e gera polêmica

A estrutura para receber o bicicletário já está pronta 
O equipamento começou a ser instalado na noite desta quinta-feira em meio uma polêmica devido ao local escolhido: a Praça Engenheiro Carlos Batalha, no Parque Cruz Aguiar. Alguns moradores alegam que uma área considerável do passeio que circunda a praça, onde as crianças brincam com seus carrinhos, bicicletas e skates será ocupada pelo novo equipamento e prometem reagir alegando que a escolha do local foi inadequada. Segundo eles. o Parque já é bastante prejudicado com a presença de um número exagerado de estabelecimentos comerciais, com o grande fluxo de veículos que usam os passeios como estacionamento e agora terão parte da praça inutilizada. Para Bartolo Sarnelli, antigo morador do Parque Cruz Aguiar faltou diálogo com a comunidade: " Não é correto impor ! Há um projeto para a implantação do bicicletário no Parque e justamente em cima do passeio da pracinha.? Discutido com quem? Local mal pensado, quando há outros por aí muito mais apropriados", ponderou.

Bicicletário chega ao Rio Vermelho e gera polêmica
Praça Engenheiro Carlos Batalha
O presidente da Amarv, Lauro Matta (Loli) disse que foi informado de que o Rio Vermelho receberia o bicicletário, mas não sabia o local onde seria instalado. Por outro lado, os que defendem o equipamento alegam que a mobilização deveria ser feita quando a praça estava abandonada. " Prá cuidar da praça, manter o local limpo ou fazer um abaixo-assinado para tirar da área os taxistas que usam a praça como mictório, ninguém se mexe", argumentam.

Para Silvio Batalha, filho do engenheiro que da nome a praça, e que é um lutador para manter o local preservado, o bicicletário dará movimento, vitalidade e ar esportivo. Alega que este tipo de projeto já foi aprovado em várias cidades do Brasil e do mundo. Segundo ele, a instalação irá favorecer a comunidade do Parque Cruz Aguiar e do bairro do Rio Vermelho, que está sendo contemplado com várias iniciativas da administração de ACM Neto." Discordâncias sempre existirão, mas deve-se pensar no coletivo e não na individualidade; tal ação de escolha chega para contribuir e não para prejudicar. Apesar de não ter tido interferência na escolha e não possuir poder de decisão, louvo o projeto. Tenho muito orgulho do lugar onde passei infância e adolescência e que abriga em bronze a homenagem ao meu inesquecível pai, a maior saudade da minha vida. Se, como dizem, a instalação será sobre o passeio, prejudica, realmente, o pedestre. Para não polemizar, faz-se o recuo em uma pequena área do gramado e se encerra a discórdia. Registro apenas minha modesta opinião.", acrescentou.

Bicicletário

A iniciativa do bicicletário é uma parceria da prefeitura com o Banco Itaú e Salvador deve receber 400 bicicletas até o fim do ano. A proposta é implantar um sistema de compartilhamento. - O Sistema Público de Bicicletas Compartilhadas consiste na instalação de estações inteligentes em locais estratégicos da cidade, conectadas a uma central de operações via wireless, alimentadas por energia solar, distribuídas em pontos estratégicos. Em Salvador, o uso do sistema será praticamente gratuito. O usuário deverá arcar apenas com o credenciamento anual, no valor de R$10, valendo-se do serviço ao longo de 12 meses, ou seja, sem a cobrança de tarifas diárias ou mensais, diferente do que ocorre em outras capitais.Depois do cadastro é só ir até uma das estações onde estão as bicicletas — o serviço estará disponível das 6h às 22h.

Para retirar a bike, bastará fazer uma ligação para a central telefônica do projeto ou usar um aplicativo para smartphones. Além disso, vai ser possível usar o Salvador Card. As pessoas não vão usar o Salvador Card para pagar, mas vão passar o cartão e liberar a bike

Bicicletário chega ao Rio Vermelho e gera polêmica
Foto -ilustração
Cada bicicleta pode ser utilizada por até 45 minutos. Depois, deve ser devolvida. Se a pessoa extrapolar, terá que pagar R$ 5 para cada meia hora excedida. A taxa será cobrada diretamente do cartão de crédito — quem não tem cartão não terá como usar o sistema.

Após a devolução, é preciso esperar 15 minutos para pegar outra bicicleta. Tudo isso porque o objetivo do sistema é que a pessoa troque de bicicleta ao chegar em cada estação. Quando uma bicicleta é retirada, são monitorados pela central o número do equipamento, a estação e os dados do usuário e o mesmo acontece quando ´´e devolvida. Caso passe o período de duas horas sem devolver, a central liga informando que o tempo extra está sendo cobrado.

Se houver acidente ou roubo, a pessoa deve informar ao call center da Serttel (4062-8077). Em caso de roubo, o usuário deve registrar a ocorrência e apresentar o boletim à empresa. Para garantir a fiscalização e manutenção do equipamento, há uma central de monitoramento na Avenida Centenário.

Postar um comentário

13 Comentários
* Os comentários publicados são de inteira responsabilidade do autor. Comentários anônimos (perfis falsos ou não) ou que firam leis, princípios éticos e morais serão excluídos sumariamente bem como, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos e agressivos, não serão admitidos.
  1. Vejo que já há uma moderação no diálogo. Ninguém é contra o bicicletário, que fique claro. A discussão é sobre o espaço escolhido para a colocação do equipamento . O que o pessoal, no caso os moradores, não querem, é que o passeio seja obstruído pelo equipamento e pelas bicicletas. Querem todo o passeio e o seu contorno como está , mpara a livre movimentação da criançada e das pessoas. Bicicletário, sim. No passeio da praça, não !

    ResponderExcluir
  2. As duas fotos postadas pelo blog, aquela dos pontos de fixação das bases deixadas prontas ontem à noite e as bicicletas já nos seus suportes, mostram claramente como ficará obstruído o passeio do passeio. As imagens falam por si....

    ResponderExcluir
  3. Só quero ver isso pós Copa. No Rio de Janeiro o numero de bicicletas precisando de manutenção já é grande. Alguém sabe informar até quando vai o contrato do Itaú? Aos entusiastas e otimistas pergunto: uma prefeitura que não gere coisas básicas como limpeza do espaço público tem respaldo? Puro oba oba para inglês ver. Ótima matéria, pertinente a pergunta: com tanta praça precisando de reforma e adoção quem foi o responsável pela escolha do ponto a ser instalado mais esta falácia?

    ResponderExcluir
  4. O XIS DA QUESTÃO é exatamente os moradores não terem sido consultados, o poder municipal não perde essa mania de fazer as coisas sem ouvir a população. Já virou um aleijão
    .

    ResponderExcluir
  5. O X da questão, Pino, também, é que muita gente , por estar encastelada na administração pública, pensa que é autoridade e acha que pode determinar. Isto não existe. O que existe é funcionário público em diversos níveis , a começar do Presidente da República , remunerados pelos impostos que a população paga, .não autoridades . Vamos acabar com essa história... Esse pessoal pensa que pode tudo e acha que não deve satisfação e que não há necessidade de diálogo com a população que é a verdadeira dona da cidade. O problema do bicicletário do Parque foi gerado pela escolha mal feita do local da sua instalação. Justamente em cima do passeio , como as fotos estão mostrando. Sem nenhum critério lógico... Ninguém é contra o bicicletário. Mas, sobre o passeio da pracinha, inutilizando-o e tomando o espaço das crianças , é um absurdo com o qual a população não concorda !, Neste caso , todos são contra , e é lógico. Esta é a reclamação. Há tanto espaço a vista por aí,.. Por que o bicicletário deve ficar escondido aqui dentro do Parque , já uma área totalmente esculhambada ?
    Até onde me é dado saber, até o fim do ano serão disponibilizadas 400 ( quatrocentas ) bicicletas. Será que vamos mesmo resolver o problema do trânsito ? Ficaa interrogação. Mais uma: o programa vai mesmo funcionar ?

    É como finaliza perguntando o IGOR : quem foi o responsável pela escolha do ponto a ser instalada mais esta falácia ?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ao contrário do que vocês estão dizendo o projeto do bicicletário é um sucesso, basta ver o número de pessoas que já se inscreveram e que estão utilizando as baiks. Esse baixo astral de vocês de que nada dá certo na cidade é que é lamentável.

      Excluir
    2. Não há aqui, uma só linha que o projeto não seja necessário, que não foi implantado tardiamente, que não atenderá a uma demanda reprimida.... O que há aqui é uma crítica de como contratos são gestados e geridos, além das execuções equivocadas e sem uma avaliação prévia da cultura local. Sobre sua opinião de baixo ou alto astral, incauto Ricaro, respeito-a, mas prefiro ter consciência do que somos e onde estamos inseridos do que viver em contos eleitoreiros para anestesiar a manada.

      Excluir
    3. POK? Vá pocar longe! vc deve ser mais um desses petistas despeitados depois da surra que tomaram nas urnas. Com certeza vai ser contra tudo que ACM Neto fizer na cidade. Mas os cães ladram e a caravana passa.

      Excluir
    4. Essa discussão não é político partidária é uma questão pragmática. Existe uma praça que os moradores utilizam e não querem que nela seja instalado um equipamento que segundo eles inviabilizará parte de passeio.

      Excluir
  6. Me falaram no pé do ouvido que vai ter também os tuk-tuk, vacas, bois, elefantes enfeitados, homens de turbante e mulheres de sári, mão inglesa e muita buzina. Muita buzina mesmo! Buzina igual a Nova Dheli lá na India!
    Nesta Capital antiga, de ruas apertadas, sem vias adequadas para bicicletas, quer dizer que eu vou pegar uma dessas duas rodas, num trânsito cheio de malucos e sair por ai tranquilamente como se estivesse na zona rural?
    Essa ideia não vai pegar amigos!

    ResponderExcluir
  7. Esse blog é massa, um monte de leigo ensinando(gratis) os doutores, que abundam o serviço público, a executarem suas obrigações sem cometerem erros primários.

    ResponderExcluir
  8. Você tem razão anônimo, só que esses "doutores muitas vezes decidem sem nunca terem estado no bairro, o que não acontece com os leitores do Blog.

    ResponderExcluir
  9. Não ia escrever nada não. Mudei de ideia depois de ler um comentário raivoso anterior. Eu também não entendi porque da escolha desta praça no interior do Parque. Imaginei um ponto no Largo de Santana. Eu ando com os vidros do meu carro arriados mas não tenho coragem de andar de bike em Salvador. No Brasil. Apesar de interessante, não acredito na longevidade desta iniciativa. Assim que o retorno do investimento do banco não for mais compensador, o que ocorre com qualquer investimento em propaganda e marketing, as magrelas serão abandonadas.

    ResponderExcluir