Os anexos estão disponíveis para consulta na sede da FGM, na Ladeira da Barroquinha, 2, Barroquinha – próximo ao Espaço Cultural da Barroquinha, de segunda a sexta-feira, mediante agendamento prévio pelo telefone (71) 3202-7864. Após recebimento e análise das propostas, o material será encaminhado ao Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, para análise e emissão do parecer final.
Para a doutora em Antropologia e uma das responsáveis pela elaboração do dossiê, Cristiane Sobrinho, a festa de Iemanjá traz para os espaços públicos um culto a um orixá africano, reaproximando a celebração dos seus cultos originais na Nigéria, onde a população tem ampla participação nos festejos. “Ela visibiliza um culto africano que foi historicamente no Brasil obrigado a se manter em locais privados, longe dos olhares da sociedade mais ampla. É uma celebração única no Brasil e, graças aos esforços dos pescadores do Rio Vermelho, podemos visibilizar essa cultura dos antepassados e do povo do mar”, afirma.
De acordo com a Diretora de Patrimônio e Humanidades da FGM, Milena Tavares, o registro preserva o conhecimento da manifestação. “Trata-se de uma das mais significativas festas de Salvador, com repercussão internacional. O registro é, antes de tudo, um reconhecimento do seu mérito cultural e garante apoio institucional aos produtores. A Festa de Iemanjá, no dia 2 de fevereiro, no Rio Vermelho, é referência cultural no calendário de festas da cidade. A única (festa) que é devotada a uma divindade do Candomblé, fortalecendo a apreensão da nossa diversidade
cultural”, destaca.
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