Na década de 50 o ex-governador Otávio Mangabeira proferiu a frase: Pense num absurdo, na Bahia há precedente” e no caso do desabamento do quiosque no Largo do Sant`Ana, no Rio Vermelho, fato ocorrido na quinta-feira (26), a frase se aplica com uma precisão cirúrgica. A permissão de uso de um equipamento público dada sem que houvesse nenhum contrato estabelecendo direitos e deveres.
De acordo com o que disseram os permissionários em entrevista à TV Bahia, após concluÃda a obra de requalificação, receberam os equipamentos, entraram e começaram a trabalhar. Simples assim! Diante da quase tragédia a Semop afirmou que é dos permissionários a responsabilidade de dar manutenção ao equipamento. Mas a pergunta que não quer calar: Cadê o contrato, ou algum documento por escrito estabelecendo essa regra? E mesmo a manutenção sendo responsabilidade dos permissionários, quem fiscaliza se está sendo cumprida? Quantas notificações foram expedidas apontando problemas no quiosque já que vinha apresentando inclinação no telhado há algum tempo?
A Secretária de Comunicação da Prefeitura e em nota ratifica que a responsabilidade pela manutenção é mesmo dos permissionários e que eles sabiam disso, pois existe um decreto de 1998 que trata da questão. Tudo bem que existe o decreto, mas eles foram notificados sobre esse tal decreto e informados que deveriam segui-lo? Pelo que afirmaram diante das câmeras, em momento algum receberam orientações nesse sentido.
Como é de costume nessas situações, ninguém nunca sabe de nada e pelo andar da carruagem, a exemplo do que acontece nos filmes de suspense o culpado mais uma vez vai ser do mordomo. Tomara que ao menos essa quase tragédia sirva de alerta para uma vistoria em todos esses equipamentos. Como disse o presidente da Amarv, Lauro da Mata, falta ao bairro um PMP- Plano de Manutenção Preventiva, já cobrado por ele diversas vezes e nunca executado.
Largo de Sant´Ana sem o quiosque do beiju
Pois é, os permissionarios da tapiocaria e do acarajé já pediram à prefeitura para fazer melhorias nas barracas, arcando com os custos, mas isso foi negado a eles. Vá entender!
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