Mais de 30% dos bares e restaurantes do RV já fecharam ou estão para fechar desde o início da pandemia

Mais de 30% dos 180 bares e restaurantes instalados no Rio Vermelho já fecharam as portas ou estão para fechar desde o inicio da  pandemia, de acordo com dados da Abrasel. O número de pessoas que perderam o emprego nesse seguimento ainda não foi divulgado. A preocupação dos proprietários desses estabelecimentos é grande. Eles têm feito manifestações  no bairro contra o fechamento das atividades econômicas. alegando que sempre são penalizados.  Reclamam também da ausência de lideranças para interlocução com os dirigentes do estado e município e até da omissão  de vereadores eleitos, que eles apoiaram. Para suprir esse vazio, criaram uma nova associação a qual deram o nome de “Polo Boêmio Gastronômico do Rio Vermelho”, para representa-los.

 Durante a primeira onda do Covid todo o seguimento ficou de portas fechadas por cinco meses. O retorno das atividades econômicas teve início no mês de agosto de 2020 ,de forma escalonada após  o percentual de ocupação dos leitos de UTIs, com pacientes de Covid, ficar  abaixo de 60% . Com o agravamento do contágio no mês de janeiro de 2021, novas medidas restritivas entraram em vigorar com a redução do horário de funcionamento, toque de recolher e proibição de funcionamento aos finais de semana. Medidas que de acordo com empresários reduziram  o movimento enquanto  as despesas não pararam de crescer.

 No dia 25 de fevereiro com o aumento exponencial dos casos e a ocupação dos leitos chegando em mais de 80% na maioria dos hospitais públicos e privados, o governador Rui Costa decretou que apenas as atividades consideradas essenciais poderiam continuar em funcionamento, em todo Estado.  Em Salvador, o prefeito Bruno Reis acatou a decisão ampliando o decreto com o fechamento de parques e praias, medidas que estão  valendo até a próxima segunda-feira, dia 14, podendo ser estendida por mais uma semana, caso a ocupação de leitos continue em alta. Para os comerciantes se isso realmente  ocorrer  representará o  recrudescimento da crise financeira com novas demissões.

É bom lembrar que uma redução na ocupação de leitos levando em conta  as medidas restritivas, somente começara a ser percebida dentro de 15 ou 20 dias, isso porque, quem está buscando assistência médica atualmente  são pessoas contaminadas  no mês passado. O que pode efetivamente diminuir a contaminação é acelerar o processo de vacinação,  infelizmente,  os imunizantes estão  chegando em conta-gotas na capital baiana, o que leva a crer que essa situação ainda vai durar.

Se para os comerciantes estabelecidos a situação está difícil, para os autônomos está complicadíssima, eles não conseguem vender seus produtos nos bairros e nem tampouco nas praias e parques  que estão fechados, já tem muita gente passando fome dependendo de ações do governo . O fato é que a situação não está fácil pra ninguém. Mas é preciso ter força e continuar acreditando que uma hora tudo isso vai passar. 

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