Aumento de casos ativos de Covid-19 em Salvador acende sinal de alerta sobre terceira onda

O aumento no número de casos ativos de Covid-19 em Salvador vem preocupando as autoridades. O crescimento acendeu o sinal amarelo no sistema de saúde e serve como um alerta sobre a necessidade de manter os cuidados. Mesmo com a imunização dada pela primeira e segunda dose das vacinas, é preciso seguir os protocolos como uso de máscara, do álcool em gel e manter o distanciamento social pois, mesmo vacinado, ainda é possível se contaminar.

Nesta sexta-feira (28) pela manhã, o percentual da ocupação de leitos era de 79%, com mais de 206 mil casos confirmados no município. Na lista dos bairros com maior número de contaminação, a Pituba lidera com mais de 6,5 mil casos, seguido de Pernambués, Brotas, Itapuã e Fazenda Grande do Retiro. Nestes últimos quatro bairros, as medidas restritivas permanecem, com pontos de testagem e distribuição de máscaras para a população.

A infectologista da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Adielma Nizarala, comenta sobre uma possível terceira onda, que pode ser inevitável. “Podemos reduzir a quantidade de casos através da não aglomeração, do uso adequado de máscara, distanciamento social e medidas de higiene, mas isso infelizmente não está acontecendo”, desabafa.

Rotina pré-pandemia – Uma coisa que tem preocupado, segundo a médica, são casos de pessoas que, após a primeira dose da vacina, abandonaram o uso de máscara e adotaram a rotina pré-pandemia, sendo que este ainda não é o momento para isso. Ela alerta que, mesmo com as duas doses, a vacina não confere 100% de imunidade contra a doença – as doses apenas ajudam para que a contaminação não evolua para casos gravíssimos e até óbito.

Sobre a disponibilidade de leitos na capital baiana, Adielma lembra que o fato do município ter um número finito de possibilidade de leitos é real. “Quanto menos pessoas tiverem o vírus, menor o número de pacientes com casos graves. Hoje temos uma taxa de 3% de mortalidade, e a melhor forma que temos de fazer a prevenção é não pegar. Sem a vacina, não sabemos se o caso pode evoluir para mais grave”.


Foto: Jefferson Peixoto/Secom
Tópicos:

Postar um comentário

0 Comentários
* Os comentários publicados são de inteira responsabilidade do autor. Comentários anônimos (perfis falsos ou não) ou que firam leis, princípios éticos e morais serão excluídos sumariamente bem como, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos e agressivos, não serão admitidos.