Em virtude da pandemia do coronavírus, não houve a tradicional procissão. O templo contou com a presença de poucos fiéis por meio de agendamento prévio junto à Catedral.
Antes da missa começar, os chefes do Executivo e Legislativo municipal carregaram o andor com a imagem de São Francisco Xavier, a partir da entrada da igreja até o altar. “Nesse momento da pandemia, contar com a proteção especial de São Francisco Xavier é fundamental para superarmos essa doença”, disse o prefeito.
O evento seguiu com leitura bíblica do livro de Atos dos Apóstolos e do Evangelho de João, além de cânticos de louvor e preces. A eucaristia foi concelebrada pelo pároco da Catedral, padre José Abel Pinheiro.
“São Francisco Xavier já intercedeu por Salvador em duas ocasiões de epidemia: em 1686, quando nosso povo sofreu com a febre amarela, e em 1855, quando livrou nossa população da cólera. Neste ano comemoramos os 335 anos do seu patronato na cidade e agora, nesse novo período de pandemia, recorremos e suplicamos pela poderosa intercessão diante de Jesus para vencermos a Covid-19”, pregou Dom Sérgio da Rocha.
Ele citou o legado de evangelização do santo, que percorreu países como Índia e Japão para levar o testemunho de amor e fé. “Tão logo as condições da pandemia permitam, devemos retomar os trabalhos missionários. Enquanto isso não ocorrer, é necessário que continuemos observando as medidas necessárias de saúde”, acrescentou o sacerdote.
História – Nascido na Espanha, em 7 de abril de 1506, São Francisco Xavier morreu após ser acometido por uma febre no ano de 1552 durante viagens missionárias pelo Oriente. Foi canonizado em 1622 pelo Papa Gregório XV.
Em Salvador, a devoção começou com a chegada da epidemia de febre amarela em Salvador, em 1686. À época, os jesuítas sugeriram à população implorar a intercessão do santo e as súplicas foram atendidas. A partir disso, houve um movimento popular, que alcançou as autoridades locais (no tempo o chamado Senado da Câmara) e ao Papa da época, com um pedido para que São Francisco Xavier fosse declarado padroeiro da capital baiana, o que aconteceu em 10 de maio daquele ano.
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