Problema recorrente no Rio Vermelho é o fedor que exala da Rua do Canal por onde corre o que sobrou do Rio Lucaia, infestado de esgotos que desembocam na Mariquita, bem ao lado onde a prefeitura criou o “espaço gourmet “denominado “Caramuru”, no antigo Mercado do Peixe. Em períodos de maré alta, o mar avança pelo canal e a força da água movimenta a areia formando uma barreira que impedindo a água podre de escoar. A situação só se normaliza quando a Embasa ou Prefeitura providenciam uma escavadeira para desobstrui a passagem e a água seguir o curso normal. Enquanto isso não acontece o cheiro fica insuportável e as pessoas que residem no entorno reclamam .Os bares e restaurantes instalados no “Espaço Caramuru”, também perdem clientes, afinal, quem vai sentar em um bar ou restaurante com o fedor de esgoto impregnando as narinas?
Entidades do bairro já estiveram reunidos com a Embasa diversas vezes pedindo providências, mas como sempre, quando não existe vontade para resolver os problemas, fica um jogo de empurra entre o órgão estadual e a Prefeitura. Em uma dessas reuniões, há cerca de seis anos o Gerente da Estação de Detritos do RV, informou existirem mais de 17.000 ligações clandestinas de esgotos lançadas no que restou desse rio. Daquela data até hoje, nenhuma providencia foi tomada .E o problema ainda se agrava porque a Estação também lança água dos reservatórios no canal. As entidades chegaram a entrar com uma representação junto ao Ministério Público, mas não deu em nada!
O que acontece no Lucaia, pode ser tipificado como crime ambiental na medida toda água impregnada de esgotos é lançado ao mar poluindo ainda mais as bonitas praias do Rio Vermelho. Em outras oportunidades dissemos que somente uma grande mobilização da comunidade pode reverter essa situação. Do contrário, tudo vai continuar como está . As pessoas reclamam nos meios de comunicação quando o fedor fica muito forte, quando passa é esquecido e o poder público agradece!.
Confira o que já foi publicado
https://blogdoriovermelho.blogspot.com/2015/02/aqui-poderia-ser-um-rio.html