Tanta polêmica mas o que está prevalecendo mesmo no Largo de Santana, Rio Vermelho, é a nova versão do projeto do quiosque concebido pela Fundação Mario Leal Ferreira(FMLF), um equipamento cercado com muros, que destoa completamente da concepção da Praça, em mais uma intervenção questionável com a digital da FMLF.
Entenda o caso
Os quiosques construÃdos durante projeto de requalificação do Largo de Santana, na gestão passada, um para o acarajé de Dinha, o outro para a venda de beiju e um terceiro do outro lado da praça para o acarajé de Regina, apresentados com a justificativa de que deveriam ser abertos e os permissionários obrigados a removerem todos os apetrechos utilizados (bancas, tabuleiros, fogões, etc) ao fim do expediente, deixando a Praça livre para circulação dos pedestres. Todo projeto de requalificação da orla teve a assinatura da FMLF. No ano retrasado, por falta de manutenção, o quiosque do beiju desabou e por pouco não causou uma grande tragédia. No final do mês de maio deste ano, a prefeitura apareceu para reconstruir o equipamento, de acordo com informações de pessoas com acesso ao atual governo municipal, a pedido da vice-prefeita Ana Paula.
A Desal recebeu o projeto e começou a executar, uma versão completamente oposta à proposta original, muros de tijolos de concreto cercando o equipamento. Alguns comerciantes localizados no entorno e o presidente da Amarv, Lauro da Matta, reagiram, considerando absurda uma construção com tijolos no meio da praça e a destruição do piso de granito. O presidente da Amarv enviou um oficio à vice-prefeita solicitando a suspensão da obra, o que na verdade nunca aconteceu, mas foi marcada uma reunião na FMLF para se buscar um projeto de consenso. A reunião aconteceu na última terça-feira, mas não adiantou muita coisa, a obra continua da forma que estava prevista. A justificativa dada pela Fundação foi de que os quiosques, como tinha sido projetados por ela na requalificação, não funcionaram como o esperado, na medida em que os permissionários acabaram fechando com madeira de forma desordenada. Uma justificativa que atesta o quanto a Prefeitura é incapaz de fiscalizar suas próprias obras. Agora resta saber se os outros quiosques do bairro, a exemplo do acarajé de Dinha, também serão contemplados, lembrando que não faz muito tempo, a prefeitura mandou derrubar o muro que por conta própria o permissionário do quiosque de Dinha estava construindo, mas pelo visto deve ter inspirado a FMLF.
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