Dia de festa na terra e no mar

Após dois anos sem festa no mar para reverenciar Iemanjá, no bairro do Rio Vermelho, os devotos da Orixá das Águas estavam ansiosos pela volta das festividades neste ano de 2023 e desde a madrugada do dia primeiro, tomaram conta das ruas do bairro. Manifestações das mais variadas, desde grupos organizados levando balaios com oferendas percorrendo as ruas ao som de batucadas a encontros com música  em espaços públicos e  privados, deram o tom da euforia com a volta da comemoração. Ao alvorecer do dia 2, a Praia de Santana, de onde sai a procissão marítima,  já estava tomada pelos devotos, a maioria levando flores, ou balaios devidamente decorados com as oferendas, que segundo a tradição, mais agradam a vaidosa Rainha das Águas. A cada ano que passa as pessoas vão entendendo que para agradar Iemanjá é preciso cuidar do mar optando por presentes biodegradáveis, até mesmo o presente principal que é a oferenda dos pescadores já vai por esse caminho. Se no mar o que  se observava eram sinais da fé com as mais variadas formas de manifestações, inclusive com a presença de remadas com os adeptos dos esportes marítimos agradecendo e pedindo proteção,  na  terra ,a multidão caia na folia, sem medo de ser feliz sem dar importância  para o calorão do bonito dia de verão que deixava o asfalto pegando fogo literalmente! Do show privado realizado no estacionamento na parte dos fundos do Antigo Mercado do Peixe, com decibéis nas alturas  que  dava para  ser ouvido por quase todo o bairro, Carlinhos Brown, gritava: bebeu água/tá com sede! Se beberam água não dá para saber, mas cerveja com certeza beberam e muitas, bastava observar os sacos e mais sacos de latinhas vazias levados pelos catadores, estes sim, realizaram um trabalho estupendo tirando do asfalto as latinhas jogadas durante todo o dia. A programação oficial terminou por volta das 16h, quando saiu a procissão marítima com o presente principal, seguida por dezenas de embarcações, a cada ano  maiores, que aguardavam desde cedo para acompanhar o pequeno barco da Colônia Z1, conduzindo o presente principal, mas a festa seguiu pelas ruas do bairro até tarde. No topo da Ladeira da Almirante Barroso, teve show  gratuito de Silvia Patrícia, e no  Mirante da Paciência do requeiro Marcio Mello, porém, em praticamente todas as ruas transversais e praças  tinha uma batucada, um som e gente se divertindo. Policiamento também não faltou, inclusive com helicóptero, mesmo assim, os relatos de roubos foram muitos, fica a lição: Em festa com muita gente, todo cuidado é pouco, independente do policiamento. Isso vale como regra, até porque, até o Carnaval ainda tem muita festa pra rolar em Salvador!  















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