Seis anos sem Irecê

Foto/ Dtalento Praia da Paciência guarda muitas histórias de Irecê


Hoje (10/12) é um dia muito triste. Há seis anos o amigo Irecê se foi.Um dia nublado como o de hoje.Não tem como negar( negue!) que os dias que se seguiram a essa partida ficaram bem mais sem graça. Os encontros nos bares do Rio Vermelho não são mais os mesmos. Irecê fazia a diferença nos ambientes em que se encontrava, seja pelo bom humor ou pelo desconforto que causava à platéia com uma irreverência, muitas vezes sem limite.
Na praia da Paciência deixou sua marca registrada, quantas piadas!Ninguém escapava aos seus comentários ferinos, dos freqüentadores, de quem se ocupava em analisar os traseiros, ao dono da barraca de quem foi advogado a seu modo, sem cobrar um tostão, mas que lhe rendeu muitas e muitas histórias. Gostava tanto da Paciência que apelidou de curva beach.
Final de semana ou feriado lá estava ele instalado em uma mesa devidamente posicionada onde apoiava o jornal e a cerveja.Depois de criticar todas as machetes começava a analisar sociologicamente o comportamento da galera a sua volta, era uma gargalhada sem fim.
Apesar de jornalista e advogado jamais se curvou às ostentações nem ao consumismo. Não tinha hora nem do dia e nem da noite para atender a um amigo em apuros. Viveu intensamente todos os dias da sua curta existência para ser feliz. Esse foi o seu lema e o legado que deixou para todos nos que tivemos o privilegio de sua convivência.
Saudades meu amigo!

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3 Comentários
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  1. Quanta falta faz o nosso amigo Irecê! Ele está muito vivo nas nossas lembranças de grandes momentos na luta sindical, na luta política, na conversa de bar recheada de tiradas que exercitava tão bem, dos excessos que muitas vezes até nos irritava,do amigo pronto pra nos ouvir, oferecer o ombro e apoiar o que fosse, porque também a sua amizade era incondicional.

    Ao ler o seu texto, Carmelinha, não contive a emoção mas lembrar Irecê sempre me traz alegria, porque isso ele também sabia nos proporcionar.

    Bela homenagem, Carmela. O Red River realmente não é mais o mesmo sem Irecê. Tudo nesse nosso canto da cidade lembra a passagem dele entre nós. São lembranças muito boas de lembrar.

    Joana

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  2. Tem razão, JÔ! O Red River não é mais o mesmo sem Irecê. Nenhum barzinho é o mesmo sem Irecê. Forró, então, nem se fala. Sem meu parceiro nº 1, forró nenhum tem mais graça.
    Quem mais pra me imitar, de bolsa e rebolando, em plena Rua da Ajuda, fantasiado de advogado? Só Mô mesmo.
    Vai chorar, Mané?
    Realmente, Carmelinha, "cala a boca José!", como Luíza e Liz chamavam ele, faz uma falta de doer. Agora nem tenho mais com quem brigar. Mais uma sacanagem daquele criador de caso que tanto amamos. Beijão minha frô.

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  3. É devagar é devagar, devagarzinho que nos conhecemos e ficamos tão próximos nossa amizade parecia aquele novo pé de limão e aquela velha e boa cachaça que achamos na ilha. Combinação perfeita.
    Olha ai é o meu Guri, era uma melodia que eu sempre escutava.
    Essa foto lembra IRECE na curva. Alegre, bonita e brilhosa era assim que a paciência ficava.
    Minha Jonga e até logo.

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