É ou não é o cara?

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é considerado ótimo ou bom por 75% dos entrevistados, regular por 20% e ruim ou péssimo por 5%. Segundo pesquisa Ibope, divulgada neste sábado, a nota média atribuída ao governo é 7,8. No último levantamento feito pelo instituto, em abril, 76% consideraram o governo ótimo ou bom e 6%, ruim ou péssimo. Com esses números se computarmos  como aprovação as avaliações ótimo, bom e regular, o governo Lula tem uma aprovação recorde de 95%. É muita coisa minha gente! nunca antes na história do pais se registrou um percentual desse na avaliação de um presidente com quase oito anos de mandato, Não resta a menor dívida que estamos diante de um fenômeno, se isso é bom ou ruim, só o tempo dirá.

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  1. Sem querer me considerar um Analista Político, o que realmente não o sou, porém, em relação a estas pesquisas que faz referência aos altos índices de popularidade creditados ao Presidente, faremos algumas considerações estritamente de caráter pessoal. Embora estas, simulem um acordo com as regras da lógica, no nosso entendimento, elas apresentam na realidade, uma estrutura interna inconsistente, incorreta e deliberadamente enganosa. Tal popularidade não se refere a nosso ver, exclusivamente ao Projeto Político de Governo do Presidente Lula, (de fato um projeto que se sustenta no assistencialismo, automaticamente gera simpatias), mas sim, na pessoa de "Luís Inácio Lula da Silva". O Presidente é um posto que representa um Projeto Político de Governo, contudo, a popularidade do sucesso deste projeto, neste caso específico é consequencia e não causa, há um vetor muito mais importante que requer observação. Existe uma grande força de conjunção entre o povo brasileiro e seu grande ídolo, esta sim, a causa principal.
    Mas deveríamos, ao menos, questionarmos alguns aspectos, ao nosso ver, pertinentes e sintomáticos, para fundamentar esta linha de raciocínio. Por exemplo, por que o PT, neste processo eleitoral está a fazer composições políticas e cooptar votos para Dilma Rousseff com setores historicamente antagônicos a sua linhagem ideológica, se de fato, o Presidente por si só, com tamanho portfólio, poderia facilmente eleger seu sucessor? E mais, por que o Presidente Lula não conseguiu transferir sua popularidade, quando subiu no palanque na campanha de Marta Suplicy para Prefeitura de São Paulo? Não cabe aí a argumentação de que o Presidente não tem voto em São Paulo, é falaciosa. Ou não foi lá onde se iniciou sua trajetória política? E o que me dizem da campanha da própria Dilma Rousseff, que apesar de oficialmente não ter iniciado, não consegue sair do incômodo empate técnico com um candidato já anteriormente derrotado e desprovido de empatia e carisma (não que ela as tenha), como o José Serra? E ainda mais, tendo como seu principal cabo eleitoral o próprio Presidente?
    Na realidade, o povo ama e venera é "Lula" e não a gravidade do posto de Presidente da República. Cada um trabalhador ou desempregado deste país, cada um sem terra ou sem teto, cada um sem escola e sem alimentação, sem segurança, sem dignidade e sem moral, se vê na pessoa de Luís Inácio como Presidente da República. É como se todos incorporassem simultaneamente neste único homem, tornando-se todo, o próprio Presidente. Lula não só representa este povo, ele é a verdadeira face dele. E ao assumir as rédeas deste País, deu certo, não exclusivamente para os desvalidos e oprimidos, que são milhões e que historicamente são os mais preteridos, mas para todos os setores, inclusive sobretudo o capital, que nunca lucrou tanto em governos anteriores, e certamente não tem do que reclamar.
    Há, mas poderiam argumentar; Mas o Presidente não é Lula? De fato, a afirmação é correta, todavia, sem este ex-retirante de Caetés, agreste de Pernambuco, chamado de Luís Inácio Lula da Silva neste intricado tabuleiro, o cenário mudará e a popularidade acabando, e exaurindo-se este elevado índice desta popularidade, os projetos de governo se desmoronarão, pois todo sucesso deste Governo, está sedimentado no poder deste grande homem. Eis aí, o "Fenômeno".

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