Sobre o post “Casarão à Venda”, publicado nesse Blog em 18/12/2010 recebemos o seguinte comentário de Ana Rosa Castro Lima.:
Olá Gente sensÃvel,
Sou filha da proprietária e fiquei tocada em ver o quanto vcs, admiradores(as) do bairro, se sensibilizaram com a pretensão de venda da nossa casa construÃda desde 1890.Não foi fácil para nenhum de nós da famÃlia, lidar com essa idéia, porém forças das circunstâncias nos fizeram mudar de rumo , diante da dinâmica do fluxo da vida - normal...
De fato, amamos o imóvel, nossa casa, é de fato uma relÃquia em termos arquitetônicos que compõe e enobrece o bairro do Rio Vermelho, permitam-me com toda falta de modéstia... Moramos lá desde os meus idos 7 anos de idade, criei meus filhos e curtimos muito entre familiares e amigos o nosso quintal: o Oceano Atlântico ensolarado e enluarado...Saudade, apego, seja lá como quiserem chamar, com certeza, torcemos para quem vier adquiri-la, sejam pessoas sensÃveis e especiais , com o objetivo de valoriza-la, preservá-la e sobretudo quem tenham o objetivo de desfrutar do seu conforto e contexto ambiental, externo e interno! Desejamos que não seja vendido como terreno...só como última possibilidade. Aquela placa, muito desagradou a nossa famÃlia e pelo visto, à muitos(as)... Foi fruto de uma impertinência do mercado imobiliário. Foi uma distorção daquilo que pretendemos enquanto , sempre moradores(as) do Rio Vermelho, bairro boêmio com belas caracterÃsticas singulares!Grande abraço e quem sabe desistimos de vender!? o futuro a Deus pertence...
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Realmente aquela casa é uma das joias arquitetônicas do nosso bairro, espero que continue com a famÃlia e se não for possÃvel que pelo menos seja preservada pelo novo proprietário. Abraços e minha solidariedade à famÃlia Castro Lima.
ResponderExcluirValeu o tÃtulo com que você apresenta o arrazoado ( aliás, não precisava justificar coisa alguma , pois os proprietários podem e devem dispor do seu bem da maneira que for necessário ) de D.An Rosa Castro Lima , Carmela, mas a vida é assim mesmo . Nós não fazemos o que queremos e sim o que ela nos obriga. Contingências, e não há como escapar delas. Esta postagem mexe com todos nós , com a nossa sensibilidade e com o nosso amor à s coisas do bairro no qual cada um de nós deixou e está deixando parte da vida , senão toda ela. Esperamos que aconteça o melhor e : boa sorte para todos nós e para o casarão !
ResponderExcluirFiquei sensibilizada. lembrei que Dr, Castro Lima, que foi Ministro da Saúde, era médico de meu Tio Chico.Uma casa não é apenas um imóvel é também a história que representa,e além de tudo, o casarão é realmente muito lindo.
ResponderExcluirFaço coro com Pino, Sarnelli e Carmela e lembro bem do Dr. Castro Lima, médico de meu pai e minha mãe por muitos anos. Apenas torcemos para que não se destrua um Casarão que é "uma joia arquitetônica do Rio VErmelho" e bonito de se ver.
ResponderExcluirPropósito de Dr.Mário Augusto, quando ele ia comprar a casa, perguntou a meu pai se o imóvel iria ser desapropriado - isso foi após a derrubada do Forte do Rio Vermelho - papai após tomarinformações disse-lhe que não haveria desapropriação. Aproveito a oportunidade e vou contar uma historinha que hoje em dia somente eu sei.
ResponderExcluirDr. Mário. além de colega de papai era muito amigo dêle-sendo o seu consultório no mesmo prédio do meu pai, Ed. João das Botas - atendia toda a nossa familia, inclusive os irmãos e irmãs dele. Os meus Tios Agostinho e Florentino (Fulô) foram dois dos seus clientes. O primeiro a falecer foi Agostinho e foi Dr. Mário quem assinou o óbito. Quando fomos a residencia do Dr. Mario para êle assinar o óbito de Fulô, depois de assinar êle chegou para papai e disse: "ô Zico, vou deixar de assisir a sua familia pois eu só faço assinar óbitos", claro que isso não acontecu. Dr. Mário também foi meu médico e foi com êle que fique sabendo que eu era diabético.
Por ironia do destino, quando meu pai teve a isquemia fatal, foi o Dr. Mário Augusto quem o assitiu eassinou o seu óbito
Maneca