Se vivo estivesse Jorge Amado completaria hoje 99 anos. Durante três décadas ele e Zélia moraram na Casa de numero 33, na Rua Alagoinhas, no Rio Vermelho, um recanto repleto de histórias, recordações, cultura e arte, a começar pela entrada onde tem um trabalho de Calazas Neto . Mas muito mais do que tudo isso, embaixo de uma mangueira onde ele costumava sentar-se ao lado de Zélia para intermináveis conversas, hoje repousa suas cinzas. Entretanto nada disso conseguiu reunir motivos suficientes para transformar a residência em um memorial ou museu para preservação esses memórias e muito mais do que transforma-se em um espaço de difusão do saber.
Diante de tanta simbologia o destino que será dado à casa não deveria ficar apenas sob a responsabilidade dos familiares, deveria haver também o interesse dos órgãos que definem as diretrizes culturais do Estado. Hoje pela manhã assisti uma reportagem mostrando como Ilhéus aproveita o potencial turístico da obra de Jorge Amando, desde a transformação da casa onde ele morou por cerca de 11 anos com os pais, em um museu, onde tudo está preservado. Uma pena que o Rio Vermelho, bairro tão importante na vida dos dois escritores, que já foi considerado bairro dos artistas, não tenha nada para marcar essa presença. É muito triste esse desprezo com a preservação da história e da cultura nossa cidade, a casa de número 33 está abandonada e ninguém sabe o que será feito com ela.
Você aborda nessa postágem um assunto muito interessante. Realmente é uma pena essa casa não ter uma destinação voltada para a cultura e preservação da memória tanto de Jorge como de Zélia.
ResponderExcluirOntem, em entrevista a uma TV, Paloma disse que a casa seria transformada em museu e que esperava que inauguração se desse no dia do centenário: 1o de agosto de 2012.
ResponderExcluirVamos esperar que esse desejo se realize.
Se os moradores do Rio Vermelho se mobilizarem muita coisa ainda poderá ser feita, temos ainda uma ano pela frente e foi aqui que ele passou seus últimos 30 anos de vida.
Assim espero. Tantas reuniões foram feitas, comissões criadas e até agora nada.
ResponderExcluirÉ verdade. Jorge e Zélia não merecem esse abandono.
ResponderExcluirPosso parecer ingênuo , mas acho que contando com um Conselho de Cultura e Turismo e com uma Casa de Cultura no bairro , o assunto não deveria , pelo menos interessar a eles? As iniciativas não deveriam ser dessas entidades ? Eu acho que sim ! As pessoas , isoladamente ,só podem mesmo fazer o que o blog faz. Lembrar, sugerir , comentar. Afinal, até onde eu sei, existem, no bairro , entidades que se dizem culturais.
ResponderExcluirSabe se é possivel ocupar a casa com grupos artisticos? tem que habitar pra faze-la conhecida na região. eu mesmo nem fazia ideia de onde era direito.
ResponderExcluirWagner:
ResponderExcluirA casa é dos herdeiros da família Amado.