Praia da Paciência já foi assim

Praia da Paciência já foi assim
Recebi essa foto de nosso colaborador  Sarnelli que vai publicada como o texto  que foi envida:

"Casualmente , caíu sob as minhas vistas , a foto que estou lhe enviando para a sua seção "Rio Vermelho já foi assim" - Só que eu diria, aqui no caso , que deveria ser" a praia da Paciência (ou da Oceânica já foi assim" - Note que as ondas chegavam até a base do paredão, onde havia uma enorme sapata . E há! Está coberta pela areia!... Com o passar dos anos, a maré levou tanta areia para a praia. que acabou por afastar as águas das ondas da muralha e hoje, como sabemos, o mar está muito recuado, o que aumentou consideravelmente a praia. A sapata da qual eu fato, é visível na foto. Taí, minha amiga , coloca no ar!"

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12 Comentários
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  1. Fotos como essa Sarnelli, iriam causar espanto há muitos moradores que as não conhecem, imagine ao público em geral.
    Lembro-me que meu tio dizia-me que quando a maré estava alta, o pessoal ficava pulando, dando caída desta balaustrada pra praia como eu também na minha épopca, pulava daquela pedra que fica na ponta do morro, dando acesso ao tabuleiro, maré cheia estávamos lá pra brincar.

    Abraços e bom dia a todos.

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  2. JOão, bom dia ! Vamos esclarecer uma coisa. O que o seu tio lhe contou é verdade , mas há um detalhe. Os mergulhos era dados a partir da sapata e não da balaustrada que é alta demais ... Eu mesmo , era um dos que se divertia com a brincadeira. Devia estar com uns 10 anos. Ficávamos em cima da sapata que aparece na foto, esperandos as ondas e quando elas estavam para bater no paredão, mergulhávamos no vazio mas contra elas , sendo levados no recuo das águas . Um outro detalhe , é que, quando a maré estava alta e forte , as ondas jogavam água na avenida e nós nos divertíamos tomando banho de chuveirinho.Como sempre há um espaço de tempo entre uma onda e outra, algumas pessoas distraídas , tomavam banho de surpresa, o que nos divertia muito. Outras, mais precavidas, passavam de guarda-chuva aberto, trafegando no passeio , por causa dos carros ( eram poucos, mas existiam ) na pista , que também recebiam água do mar...
    Foi um tempo muito bom e engraçado !

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  3. Estou encantada como essa coluna o Rio Vermelho já foi assim, minha familia morou nesse bairro faz muito tempo, e a exibição dessa fotos é uma delícia.Fico esperando a publicação de outras.
    Um fratenal abraço a todos vocês.

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  4. Obrigado pela explicação Sarnelli, porém, estou "vendendo o peixe como me venderam" rsrsrsr e meu tio era pescador, adquiri esta prática justamente com ele, não sou estes pescadores que diariamente ficam nesse ofício mas, de vez em quando gosto de colocar umas iscas, um hobby maravilhoso, pra mim não tem igual.
    Pela altura que há, quando as ondas jogavam água na avenida, não seria este momento que dava pra pular da balaustrada???? não que esteja duvidando do senhor....

    Abraços e bom fim de semana.

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  5. Não. João . Eu vivi a vida toda até hoje no Rio Vermelho e tem meses que já passei dos 80... Além do mais, eu morei também na Rua Bartolomeu de Gusmão , que fica bem em frente à praia, aproximadamente à altura da metade da balaustrada, que era " o ponto exato do chuveirinho de água salgada ". Ninguém me contou nada a respeito da época . Eu a vivi ainda criança e passava os dias inteirinhos na praia e ou empinando arraias no " Capim das Freiras " . O Capim das Freiras, para quem não sabe , ficava ou fica, bem em frente à Pedra dos Pássaros, ali na rua da Paciência.

    A sapata que aparece na foto é bem mais alta , mas boa parte dela está escondida pela areia que o mar levou. Era da sapata e não da balaustrada que se mergulhava. Algo assim
    como " furar a onda antes que ela batesse na sapata. Eu era um dos furadores de ondas ! No recuo, as águas nos levavam para o mar e havia um ponto em que podíamos sair das águas e voltar para as sapatas. O fato de as ondas jogarem água na avenida, já tem outra característica. Com mar forte , maré cheia, o impacto das águas com a muralha era tão forte que jogava água na avenida e até sobre eventuais carros de passagem, já que eram poucos e a maioria com capotas de lona... Nós ficávamos no passeio ao lado da avenida, no nível do asfalto, para tomar banho de chuveirinho. Havia pessoas que inadvertidamente passavam na hora errada e aí , já viu !... Algumas, mais prevenidas e conhecedoras, passavam com guarda chuvas abertos...

    Para você fazer uma avaliação, imagine tirar toda aquela areia da praia até o ponto em que uma onda, no horário de maré cheia, possa encostar suavemente na muralha . É uma montanha de areia, não é ?

    Do mesmo jeito que, naquela época, o taboleiro era mais fundo e o piso era totalmente coberto de pedras , mas o mar o cobriu com areia. É a movimentação que a maré faz em certos pontos da costa , como na Mariquita , onde também depositou bastante areia na praia, principalmente depois do emissário...

    João, esse texto é , mais do que outra coisa, não uma historinha de criança. Chega a ser um depoimento de quem viveu e curtiu as delícias da época.

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  6. Que natureza sabia, a verdadeira mãe de todos nós.

    Enquanto os homens canalizam seus esgotos nos rios para desaguar no mar, o mar por sua vez bloqueia as passagens para não receber este lixo.

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  7. Maravilha Sarnelli, bem explicativo e autêntico, também tive o prazer de fazer o mesmo na Torrefação, na muralha do restaurante ao lado do SESI,esperávamos as ondas ou então as pegava e parava bem em cima da sapata que lá existe,quando saíamos do "Cláudio beach" logo atrás da Igreja ao lado daquela pedra que ficam pescando, nós pegávamos jacaré ali mesmo, por cima das pedras com maré cheia, quando descia na onda o peito por alguns centímetros não ralava nas pedras, como se vê, a juventude e infância está marcada na vida de todos nós, com emoção ou sem emoção. Por falar no "capim das freiras", seria ele na atual descida para praia ou seria na chamada "Roça de dona Dolores", mãe de Patota, Cabeção e cia ltda????
    Só para relatar também, a respeito das praias, a nossa famosa "Praia dos Complexados", na minha época podia se estender uma canga ou toalha para as meninas com seus belos corpos tomarem sol, se fizerem isso hj, vão direto para um ortopedista, acumputurista, etc....
    Obrigado pelo relato mais uma vez e bom final de samana.

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  8. Márcia, boa tarde.
    Prazer em conhecê-la virtualmente..não sei se vc leu o post que fiz esta semana a respeito de uma provável exposição de fotos antigas(tomara que aconteça),a princípio foi uma idéia de Carmella, responsável por este blog, sugerindo lá na Biblioteca. Quando estava apreciando aquela projeção que foi realizada no Largo de Santana, tendo como pano de fundo as paredes da Igrejinha velha, imaginei na possiblidade de fazer o mesmo com as fotos ou então uma exposição usando também as paredes da Igreja, com infra estrutura nescessária, é claro, como ponto de luz direcionado, placas, etc...Seria uma ótima oportunidade para muitos moradores conhecerem mais a história do bairro, pois sei que há vários que não a conhecem nem tão pouco o público em geral, talvez só lembrando que o morador mais amado morou aqui.

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  9. João , o que nós chamávamos de Capim das Freiras , local ótimo para se empinar arraias, fica bem em frente à Pedra dos Pássaros e, realmente , também é caminho para praia. Deve ser o caminho a que você se refere. Você pode imaginar que ali existiu uma escola de Nome Colégio Don Bosco ? Isto, quando todo o lado que dá para praia era constituído de casas desde aquele local até a praia de Santana. Casas que foram derrubadas para o alargamento da rua da Paciência, que passou a nos proporcionar a bela paisagem que temos hoje.

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  10. Ok Sarnelli, então aquele resto de alvenaria que existe na descida pertencia ao colégio Dom Bosco, essa eu já não sabia, obrigado por maisa essa informação.

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  11. É amigos, o Rio Vermelho já foi assim, excelentes relatos feitos por Sarnelli e João.

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