Mobilização por vítimas de chuvas reúne entidades e voluntários; saiba como doar

Mobilização por vítimas de chuvas reúne entidades e voluntários; saiba como doar
(Foto: Manu Dias/GOVBA)

A chuva que causou mortes no Bom Juá e na San Martin, também inundou ruas e destruiu casas por toda a cidade de Salvador, deixando 502 pessoas desabrigadas, de acordo com a Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps). A maioria delas já está abrigada em hotéis sociais em Pau da Lima e Itapuã, na Escola Municipal Helena Magalhães (Boa Vista de São Caetano), no Espaço Comunitário Axé (Pau da Lima) e na Paróquia de Marechal Rondon.Na Boa Vista de São Caetano, os próprios moradores apareceram de forma voluntária.

Foi o caso da dona de casa Juscelina da Silva, 50 anos, que também vive em área de risco. Ela tomou a frente dos trabalhos de recepção de doações feitas no local e alojamento das famílias. “Desde que a gente teve a notícia do desabamento, a gente começou a se mobilizar”, contou.

Na terça-feira (28), no final da manhã, havia 27 famílias abrigadas na Helena Magalhães - cerca de 90 pessoas. Mas os desabrigados não paravam de chegar e, no início da tarde, o número já havia subido para mais de 100, com a ida de moradores da 1ª Travessa Iolanda, na Boa Vista de São Caetano, cujas casas foram arrastadas pela lama.

Lá, os moradores buscavam se abrigar e registrar a situação com a Defesa Civil (Codesal). O cadastro de desabrigados é feito pela Codesal e encaminhado à Semps para que as famílias possam receber o Aluguel Social - R$ 300 durante três meses, podendo ser prorrogado pelo mesmo período.

Solidariedade
Mobilização por vítimas de chuvas reúne entidades e voluntários; saiba como doar
Sensibilizada com o sofrimento dos moradores de Barro Branco, a doméstica Euci da Paixão, 39, saiu do Uruguai para levar café e lanche para as pessoas que trabalhavam nos escombros: “Eu moro em palafitas e sei o que é morar com medo da chuva. Nesse momento, a única coisa que podemos fazer é nos unir e ajudar”, convoca.

Estudantes do Colégio Estadual Rubem Dário, na San Martin, organizaram dois grupos para arrecadar roupas e alimentos para as vítimas do deslizamento. Nas primeiras horas da manhã, recolheram cerca de 200 quilos de alimentos não perecíveis e dez sacolas de roupa. “Um grupo está percorrendo o bairro pedindo roupas e alimentos. O outro está na escola, recebendo as doações”, explicou o aluno do 3º ano Wallace Leão, 17. Ele e Cássia Verônica, última vítima a ser retirada dos escombros sem vida, estudavam na mesma escola.

Organizações

Ontem, o arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, também se juntou à campanha em prol das vítimas. “Vendo a cidade mobilizada em torno dos que tudo ou muito perderam, como não nos lembrarmos da figura do Bom Samaritano? Descobrimos que ele não é uma pessoa: são muitas. São bombeiros e autoridades; são membros da Defesa Civil e militares; são pessoas anônimas que se mostram incansáveis no atendimento ao próximo”, lembrou o religioso, conclamando todos a participarem da campanha de ajuda.

Entre as entidades citadas por Dom Murilo, está a Polícia Militar, que está recebendo alimentos, água, agasalhos e colchões em suas unidades. O Instituto Parque Social, no Itaigara, também recebe doações como alimentos não-perecíveis, água, vestuário, roupas de cama, colchões, material de limpeza, entre outros. Informação Clarissa Pacheco e Gil Santos - Correio 24h.

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