O absurdo de um local chamado Bonbar!

O professor Nelson Pretto, da Universidade Federal da Bahia, usou seu perfil nas redes sociais para denunciar mais um absurdo que acontece no Rio Vermelho com a conivência dos órgãos da prefeitura:  O descontrole de sonorização em bares com cantorias que varam a madrugada e acabam interferindo na tranquilidade dos morados. 
Esse é um problema recorrente no bairro causado unicamente  pela prefeitura que libera o funcionamento desses empreendimentos em locais inadequados, sem respeitar as normas que ela mesma (a prefeitura) estabelece. Geralmente esses bares no Rio Vermelho são instalados  casas antigas, que os moradores passam adiante e são  adaptadas para tudo que é atividade comerciais.  Isso é um problema gravíssimo, além da questão do barulho que vem de dentro dessas casas, tem os transtornos no transito porque esse imóveis não possuem estacionamento próprio o que deveria ser uma das condições para a liberação das atividades, inclusive com análise do impacto de vizinhança, como manda a lei . Isso sem considerar que toda tubulações tanto de água quanto de esgoto são antigas, e em ruas onde existiam residência habitadas por quatro ou até no máxima seis pessoas  quando  transformadas em bares, restaurantes ou outras atividades  que atendem dezenas e até centenas de pessoas,  um problema seríssimo 

Confira o texto do professor Nelson Pretto

O absurdo de um local chamado Bonbar!

Já são cinco da manhã de uma segunda. Como de costume, desde ontem à noite, domingo 25/01/23, esse estabelecimento, localizado em um zona residência no Parque Cruz Aguiar no Rio Vermelho (rua Canavieiras), funciona com música ao vivo em alto som até pelo menos às 23 horas, seguido, como ainda gora, com som mecânico em alto volume, acrescido do barulho das pessoas que se aglomeram em um espaço reservado para garagens em um conjunto de umas 4 ou 5 "lojinhas" que se transformaram nesse inferno chamado "Bombar".


Uma bomba de poluição sonora, literalmente.


Sem nenhuma edificação, nenhuma proteção acústica, ocupando praticamente a rua, o desrespeito à vizinhança passa dos limites. Nada é feito para coibir esse abuso que já ocorre desde muito. São inúmeras às denuncias já realizadas ao "Fala Salvador 156", inclusive tendo sido solicitando, via lei de Acesso a Informação (LAI), cópia do alvará do tal estabelecimento para poder saber que tipo de autorização de funcionamento possui e se o mesmo está autorizado a ser uma casa de espetáculos a céu aberto. As respostas são sempre evasivas, afirmando serem medições coerentes com o autorizado (até 70 db!), não encontrando, pasmem!, irregularidades. No entanto isso não condiz com medições amadoras por mim realizada com um celular de dentro de minha residência a cerca de 100 m do local.


A imagem abaixo demonstra claramente que o referido bar ocupa um espaço de estacionamento de veículos, o que. obviamente. não deveria ter autorização para funcionar, muito menos como casa de shows (de 4a a domingo!) em uma zona residencial.


É uma lástima esse tipo de comportamento da Prefeitura que autoriza o funcionamento desse tipo de estabelecimento, aqui e em qualquer outro lugar residencial da cidade.
É fundamental que se compreenda que a característica cultural e musical de nossa Salvador não pode significar a transformação da cidade num ambiente hostil à vida civilizada.
A música faz parte de nossa cultura e nós dá a alegria de viver, mas sabermos conviver de forma harmônica com outros valores civilizatórios é algo que não pode ser perdido sob a pena de vivermos a barbárie do tudo pode.

Mais um absurdo produzido no bairro pela permissividade da prefeitura  


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