O Rio Vermelho e a Independência do Brasil na Bahia

Nas lutas pela independência do Brasil na Bahia, o Rio Vermelho também foi protagonista. O jornalista, pesquisador e morador do bairro, Jorge Ramos, lembra que aqui se concentraram forças do Exército brasileiro, comandadas pelo Coronel Felisberto Gomes Caldeira. A história é a seguinte: O chefe da Divisão da Esquerda, que cuidava da orla (de Itapuã ao Rio Vermelho) fustigando os pontos de defesa portuguesa. Afora os embates diretos em campo aberto ( Cabrito, Pirajá, Engenho da Conceição e o ataque naval a Itaparica) as ações brasileiras foram de guerrilha e os portugueses se defendiam entrincheirados em pontos próximos à área urbana de Salvador

No Rio Vermelho as forças do Coronel Gomes Caldeira ficavam no forte que existia, onde sobre suas ruínas construíram a nova Igreja de Santana. Embora aqui não tivesse ocorrido batalhas, era um posto avançado do Exército brasileiro. E no dia 2 de Julho essas forças marcharam para se encontrar em Salvador, com o General Lima e Silva e acamparam na Piedade .O Exército Brasileiro foi dividido em três corpos : A Divisão da Esquerda ( comandada por Felisberto Gomes Caldeira), que tomava conta de Lauro de Freitas (Santo Amaro do Ipitanga) Itapuã ao Rio Vermelho; a Divisão da Direita ( comandada pelo coronel pernambucano Barros Falcão) e que cuidava da área ao norte de Salvador , Pirajá, subúrbios e ia até Simões Filho (Água Comprida); e a Divisão do Centro, composta pelo Batalhão do Imperador, que veio do Rio e era comandada pelo General Lima e Silva. Ela usava do miolo de Salvador Largo do Tanque/ Engenho da Conceição, Caixa D'água, conhecido naquele tempo como Cruz do Cosme e São Caetano. No dia 2 de Julho, cada uma por seu lado, entraram triunfalmente em Salvador e se encontraram no Terreiro de Jesus.

Outro fato que liga o Rio Vermelho ao 2 de Julho, foi lembrado pelo professor e pesquisador Gildásio Freitas, ex-morador do Rio Vermelho e atualmente residindo em Lauro de Freitas. Ele lembra que José Alves do Amaral, morador do Rio Vermelho, no tempo que presidiu a Sociedade Patriótica do 2 de Julho, isso há 200 anos, autorizou que fosse erguido na Lapinha, o Pavilhão onde ficam os Caboclos e que permanece lá até hoje, como símbolo maior da festa. José Alves do Amaral, embora filho de Santo Amaro de Ipitanga, casou-se com a filha do Barão do Rio Vermelho, bairro onde fixou residência até o fim da vida. É isso aí, o Rio Vermelho tem muita história para contar!

Confira a programação oficial da festa 2023


Dia 1º de julho

Celebração do Te Deus, na Catedral Basílica de Salvador, no Pelourinho, às 9h
Cerimônia cívica com autoridades na chegada do Fogo Simbólico, no Largo de Pirajá, da 14h às 21h

Dia 2 de Julho

Alvorada no Largo da Lapinha, às 7h hasteamento das bandeiras, seguido de Hino Nacional, colocação de flores no monumento do General Labatut, entrega do carro do Caboclos e inicio do cortejo cívico

Às 14 horas será a vez do cortejo da Praça Municipal ao Campo Grande. No final da tarde acontece o tradicional encontro de Filarmônicas.

Dia 3 de julho:

Shows musicais, no Campo Grande, das 17h às 21h

Dia 5 de julho

 Volta dos Caboclos, do Campo Grande  até o Pavilhão da Lapinha, das 17h às 21h. Esse cortejo é
 muito animado !

A nova Igreja de Santana foi construída no local onde existia o  antigo forte 

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