Av. Vasco da Gama |
Rocha conhecida historicamente como Pedra da Concha |
Por Sarnelli
Muito pouca gente viu o caminho por onde passava o bonde que vinha do Retiro por dentro do mato, o Rio Vermelho 15. Estrada só havia mesmo os trilhos e o espaço para os bondes por dentro do mato, que passou a ser conhecida como Vasco da Lama, quando lhe colocaram asfalto numa pista, o que provocava o emporcalhamento de todas as fachadas, quando chovia e os carros espalhavam a lama... Hoje, totalmente modificada, de onde até um rio desapareceu entre as pistas atuais, embutido em galeria que leva as águas para o Rio Vermelho e que vão desaguar na praia da Mariquita em frente à uma rocha conhecida historicamente como Pedra da Concha. Há uma história que prefiro não comentar. Passo por cima e continuo a minha crônica.
Bonde Linha Circular Rio Vermelho de Baixo |
Como resultado da colocação da galeria e consequente desaparecimento do rio, surgiu uma nova área que embeleza demais o espaço recuperado mas, como sempre tem um porém, a obra, provavelmente tecnicamente perfeita, não posso discutir o assunto por absoluta incompetência, pois não é a minha praia, mas posso ver que algo muito importante ficou faltando. Gramaram toda a cobertura de terra com tapetes que não demorarão muito estarão viçosos, visto que grama adora sol e isso é algo que não falta aqui. Sol, de janeiro a dezembro, É aqui que os turistas vem tomar um bronzeado fugindo da falta de sol de muitas capitais, dos temporais, das frentes frias e até mesmo de chuvas de granizo.
Carybé.-óleo sobre tela-Rio-Vermelho-de-baixo |
Como eu disse, sempre há um porém. Salvador, uma cidade que vive sob um sol inclemente durante o ano inteiro, no seu verão eterno, é uma cidade sem árvores! Se esqueceram do plantio de árvores, e espaço há à vontade. Não dá para acreditar que os nossos administradores nunca pensem nesse detalhe .
As árvores que temos pela cidade são heranças dos nossos bisavós ou mesmo avós, a grande maioria, velha e atacada pelos cupins e nós, o que vamos deixar para os nossos netos e bisnetos? Uma cidade ensolarada, que passa o dia sob uma temperatura quase sempre de 30/32ºC. Para uma população que espera os transportes coletivos em pontos de ônibus que não são pontos , sob o sol e a chuva e uma cidade sem árvores! Sim, também chove, por aqui, de vez em quando... Na maioria das vezes, um ponto de ônibus é identificado por uma placa retangular, azul, com o desenho do veÃculo, amarrada a um poste por um arame...
Para mim, é uma falha importante, no entanto, ainda está em tempo. Temos o outono e o inverno pela frente e, se árvores saudáveis forem plantadas agora, da maneira correta, certamente vingarão fortes prometendo muita sombra para o futuro, algo que os nossos descendentes agradecerão. A avenida Vasco da Gama, recebendo um belo projeto de paisagismo, seria, certamente, uma das mais belas da cidade !
Fotografado: quarta-feira, 18 de março de 2009 |
Não vamos cometer os mesmos erros que praticaram com os coqueiros transplantados da Barra a Itapoã!
Salvador precisa de árvores.
Como diz o ditado é preciso dar a Cesar o que é de Cesar. O credito(ou descredito isso só o tempo dirá) dessa obra deve ser dado ao prefeito João Henrique que deixou tudo praticamente pronto ficando para o atual, o bônus da inauguração. Uma observação sobre essa obra é o ponto de ônibus que fica na parte central. As pessoas ficam praticamente na pista além de incorrer na mesma deficiência das demais pistas que é a ausência de abrigos, como sempre o ser humano nunca está em primeiro lugar. Lamentável, uma pista larga para os veÃculos e o povo que se dane!
ResponderExcluirPercebi , mas me abstive.. Sobre os abrigos, é algo que precisa ser revisto para a cidade toda. Na verdade , os abrigos não abrigam nada . Nem do sol nem da chuva ....O modelo francês parece que não aprova na nossa cidade. Serve só para colocar propaganda !...É outro assunto par estudo !
ResponderExcluirApenas um pequeno reparo : não atribui crédito nem descrédito a ninguém em particular, apenas manifestei a minha opinião de que a Prefeitura , como um órgão gestor , não deu a menor importância , no projeto , e continua não dando, pelo menos por enquanto, à questão da arborização da cidade , muito importante, por sinal. Aliás, acho que perdeu uma bela oportunidade.. A última tentativa que eu me lembro , foi aquele fracasso dos coqueiros em toda a orla, da Barra a Itapoã ,...
ResponderExcluirQuanto à obra, todos nós sabemos quando começou , quém começou e quando acabou...
Aproveito para lembrar que as árvores que ainda estão em pé precisam de manutenção...
Eu continuo a insistir em que a cidade precisa de árvores. Vamos plantar árvores, minha gente, onde houver terreno para isso , mas bem escolhidas e que venham a produzir sombra no futuro. Nada como aquilo que está na Mariquita aos pés da estátua de Cristóvão Colombo nem no Largo de Santana !
Por várias vezes quis saber se o projeto não incluiria ciclovias, e não obtive informações. Incrivel como nos dias de hoje, deixa-se de usar a bicicleta para privilegiar o carro. De bike, se vai do Rio Vermelho ao Campo Grande em 20 minutos (em ritmo lento). Experimente fazer o mesmo percurso de onibus, e veja quanto tempo se leva de casa ao destino final. Fora que o que mais se vê são ciclistas na contramão da avenida Vasco da Gama.
ResponderExcluirTem razão o postador anônimo. Mais uma oportunidade perdida ,
ResponderExcluirde fazer algo de bom e importante !
É inacreditável como árvores são matéria sem importância em Salvador. Na retirada das árvores entre o Porto e o Farol da Barra para fazer o calçadão (2007) retiraram árvores, prometeram plantar outras. PouquÃssimas vingaram. E as que resistiram não chegam a 2 metros de altura. A costa da Bahia tem muitas árvores; porque esta insistência em coqueiros?
ResponderExcluirOs coqueiros podem até ser um sÃmbolo de Salvador , mas as nossas autoridades ainda não entenderam que, sem abrir mão deles ( eu mesmo não abriria ) , precisamos de árvores. Salvador é uma cidade de um verão eterno. Precisamos de sombra, muita sombra e isso só se consegue com árvores ( ou edifÃcios ?????), muitas árvores , porém muito bem escolhidas e apropriadas. Eu sempre faço referência aquelas que estãos aos pés da estátua de Colombo e no Largo de Santana. Plantadas há anos, ´como diz Regina, não passaram de dois metros e não servem para coisa alguma. Aliás, até onde eu sei, nunca mereceram a menor atenção . Só vêm água quando chove !
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