Carnaval do bairro volta à pauta no projeto Rio Vermelho Criativo

Salvador, 06 de outubro de 2015.

Ao Exmo. Prefeito da Cidade do Salvador
Sr. Antônio Carlo Magalhães Neto

CC: 
  • Chefe da Casa Civil da Prefeitura Municipal do Salvador – Sr. Luiz Antônio Vasconcellos Carreira
  • Presidência da Fundação Mário Leal Ferreira – Sra. Tânia Scofield
  • Secretaria Municipal de Ordem Pública – Sra. Rosemma Burlacchini Maluf
  • Secretaria de Desenvolvimento, Trabalho e Emprego – Sra. Andrea Mendonça
  • Secretário de Cultura e Turismo - Sr. Erico Mendonça
  • Secretaria Cidade Sustentável – Sr. André Fraga
  • Superintendência de Trânsito de Salvador – Sr. Fabrizzio Muller

Inspirados no Projeto da PMS, ora em andamento no Bairro do Rio Vermelho, Empresários e Moradores do Bairro, juntamente com a AMARV(Associação dos Amigos e Moradores do RV) e o SHRBS (Sindicato de Hotéis, Restaurantes e Bares de Salvador), após um longo processo de discussão coletiva, vem aqui incluir nossas contribuições no sentido de ampliar o projeto de Requalificação do Rio Vermelho, à luz das nossas vocações enquanto Bairro e da vontade imperiosa de nos posicionarmos como um destino Turístico dentro da Cidade de Salvador,.

Este documento contém estratégias e diretrizes para orientar a modelagem do Rio Vermelho Criativo que queremos morar, trabalhar e mostrar ao mundo, ampliando as possibilidades do Turismo na Cidade do Salvador, pelo transverso da Economia Criativa, gerando mais qualificação, bem estar, emprego e renda para os que aqui vivem ou se mantém, protocolos em anexo.

Certos que estamos alinhados com a diretrizes de trabalho da PMS, solicitamos um audiência com V.S.ª, para explanação detalhada e definição de como podemos prosseguir com este trabalho, dentro das esferas de cada Secretaria de Governo da PMS.

Agradecemos antecipadamente,
Comissão de Obras Rio Vermelho
(moradores, empresários do Rio Vermelho Bairro Charme, AMARV, SHBRS).

Representada através do SHRBS (Av. Tancredo Neves, 274 – Centro Empresarial Iguatemi, Bloco B, salas 305 a 307. A/C Sr. Gilberto Marquezini e-mail: adm@sindicatohrbs.com.br. ou contato@sindicatohrbs.com.br Tel : 3525.2555)

REQUISITOS PARA DESENVOLVIMENTO DO PROJETO RIO VERMELHO CRIATIVO

CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE O PERFIL DO NOSSO BAIRRO: elencamos abaixo traços de nossa cultura e ocupação do bairro, que nos deram subsídios para o planejamento das ações que demandamos neste documento.

  • 1. A população residente do bairro tem uma parcela importante de pessoas com ocupações voltadas para arte e cultura como intelectuais, músicos, artistas plásticos, marchands, antropólogos, arquitetos, etc.
  • 2. Os moradores do bairro têm orgulho de aqui residirem e existem muitas famílias que habitam o local por gerações;
  • 3. A grande maioria dos edifícios é de construção antiga e não contam com as modernas infraestruturas prediais. Este fato aumenta a relevância de termos espaços públicos confortáveis e de estímulo à convivência para nossos moradores;
  • 4. A geografia do bairro não permitiu a implantação de grandes Shoppings, que disponibilizem áreas de convivência seguras e confortáveis para idosos, crianças e jovens;
  • 5. Existem poucas e pequenas praças para atender às nossas crianças;
  • 6. Temos sete escolas públicas no bairro, cujas áreas de convivência/lazer são mínimas e seria muito adequado utilizar espaços públicos para complementar suas atividades;
  • 7. As atividades empresariais são exercidas, na sua grande maioria, por moradores e frequentadores habituais dos espaços do bairro;
  • 8. Registramos um grande fluxo de pedestres, turistas e moradores que circulam dia e noite, consumindo produtos, serviços e cultura local;
  • 9. Dispomos de alguns teatros e casas de show, o que nos faz ser um perfeito destino de artes cênicas e da música dentro da cidade de Salvador;
  • 10. Abrigamos várias baianas de acarajé, das quais três delas são as mais famosas de Salvador: Cira, Dinha e Regina. Ressaltamos que o acarajé é o primeiro alimento de rua do brasileiro, qualificado como Patrimônio Imaterial e os pontos de venda dessa iguaria são fortes atrativos para turistas do Brasil e dos visitantes internacionais.
  • 11. Temos o melhor fim de noite da capital baiana, a exemplo do Mercado do Peixe, ponto de encontro de todas as tribos e reconhecido com por meio de prêmios importantes concedidos em seguidos anos por revistas especializadas;
  • 12. Somos mundialmente conhecidos pela Festa de Yemanjá que, há um século, atrai fiéis, admiradores e turistas interessados em conhecer os mistérios dessa divindade. O evento do dia 2 de Fevereiro é uma das poucas festas sincréticas que se mantém na cidade como um atrativo de real importância para todas as classes sociais e visitantes de todo o mundo;
  • 13. Somos um elo forte da História da Cidade de Salvador:
    • a. Aqui, o lendário Caramuru naufragou e emergiu das pedras, casando-se com a Índia Paraguaçu, dando início a um ciclo de prosperidade do comércio com a Corte.
    • b. Quando os Jesuítas chegaram na Bahia, em 1549, já encontraram uma igreja, então um templo humilde, de varas traçadas, coberto de palha, homenagem de Catarina Álvares Paraguaçu à Nossa Senhora das Graça, sendo considerada a primeira igreja da Bahia e do Brasil;
    • c. Aldeia do Rio Vermelho, foi também reserva militar e em 1624, serviu de abrigo para a população da cidade durante a invasão holandesa na Bahia.
  • 14. O bairro do Rio Vermelho possui vários grupos de Capoeira que se apresentam de forma muito precária e em pequenos e inadequados espaços. A capoeira, como se sabe, é um forte atrativo turístico da cidade, estando fortemente ligado à nossa cultura me às nossas tradições. Em 2008, a Roda de Capoeira e o Ofício dos Mestres de Capoeira foram reconhecidos pelo Iphan como Patrimônio Cultural Brasileiro, e, em 2014, também recebeu uma importante classificação, pela Unesco, tornando-se Patrimônio Cultural da Humanidade.
  • 15. No bairro, o setor hoteleiro disponibiliza aproximadamente 3.000 leitos, em sua maior parte concentrado nas imediações do Largo da Mariquita e atendendo a diferenciados perfis socioeconômicos de públicos. Muitos deles de bandeiras internacionais, alguns como “hotéis boutiques”, pousadas do roteiro de charme, hostels internacionais e pequenas pousadas/hotéis. 
  • 16. O Hotel Pestana Bahia, por exemplo, abriga um dos maiores espaço de eventos corporativos da Cidade; 
  • 17. O mix de empreendimentos comerciais e de serviços é completo, transformando o bairro em um grande shopping a céu aberto. Os seus moradores têm opções de consumo para quase tudo que precisam, reduzindo em muito a necessidade de deslocamentos para resolver e atender suas demandas do dia-a-dia;
  • 18. A vocação do bairro para a boemia junto com a grande diversidade de empreendimentos, se converte em forte atrativo de público diverso, que nos faz ser vistos como um bairro “de inclusão”. Esta realidade é um grande diferencial na cidade, sendo forte gerador de emprego e renda, pré-requisito para um bairro sustentável;
  • 19. Temos um grande número de empreendimentos que se utilizam da Economia Criativa, forte pilar de desenvolvimento da economia global e forte atrativo turístico. Os exemplos do Restaurante Casa de Tereza, Lalá Espaço cultural, Nino Nogueira, Armazém de Época, Academia Villa Forma, Hotel Catarina Paraguaçu, Ciranda Café, Portela Café, Taperia, Casa de Jorge Amado, Galerias diversas, Hostel F Design, entre outros vários. A ocupação/invasão desordenada do Largo da Mariquita por alguns bares e ambulantes que nada preservam o ambiente e ainda geram uma sobrecarga de lixo, deixando a principal praça feia, sem charme e muito suja.
  • 20. Temos um problema crônico de lixo nas praças e ruas, uma vez que a limpeza das escassas lixeiras, das praças e das ruas são realizadas pela manhã e não seguem uma escala do horário de maior ocupação do bairro que ocorre à tarde e à noite, nesse caso, parece um cena de guerra nos finais de semana, deixando um suja recordação na mente de quem nos visita.
  • 21. Somos um bairro com mais de 100 bares e restaurantes, a sua maioria com funcionamento noturno, porém não dispomos de sequer de uma área para coleta seletiva (ECO-PONTO), nos moldes do Itaigara.
  • 22. Não dispomos de uma ação durante o Carnaval que estimule o entretenimento da população e turistas, mantendo o bairro em funcionamento.

COMO QUEREMOS UM RIO VERMELHO MAIS ATRATIVO

  • 1. Queremos ser um destino Turístico dentro da Cidade de Salvador, reconhecidos pelos transverso da Economia Criativa, onde o jeito de ser do BAIANO seja evidente e prevaleça a valorização do que É COISA DE BAIANO.
  • 2. Precisamos de um planejamento de ocupação do bairro com eventos de grande fluxo, como a Festa de Yemanjá, Festa da Primavera, Carnaval de Bairro (somente com bandinhas de fanfarra), festa da padroeira do Rio Vermelho (Senhora Santanna) e outros eventos do nosso calendário.
  • 3. Precisamos da contratação de uma consultoria para nos orientar, atendo aos Empresários, Moradores e Governo na modelagem de um Bairro Criativo. Sugerimos a Barcelona Media Inovação Brasil, vinculada à Fundação Barcelona Media, detentora de tecnologia de soluções de Cidades/Bairros Criativos. A recomendação decorre da expertise dessa organizacão, que pode ser comprovado com o resultado em vários países da Europa, Ásia e América Latina, onde áreas em degradação, adotaram o conceito de CRIATIVO e hoje têm reconhecimento mundial como destino turístico. Acrescentamos ainda que o executivo dessa organização no Brasil, atua com projetos de desenvolvimento socioeconômico há mais de 20 anos na Bahia, sendo residente em nossa cidade, oriundo da área de turismo, cultura e arte, com alta especialização e possuindo uma perfeita visão do jeito BAIANO de ser.
  • 4. Pedimos que não seja liberado o funcionamento de comidas de rua com equipamentos fixos nas Praças, que não sejam do elenco de nossa cultura, como o caso de yakissoba e outros experimentos estrangeiros. Isso macula nossa cultura, além do que são alimentos que precisam de áreas de sombra e água corrente para manipulação segura, ao contrario de nossa comida típica de rua que já nasceu com esse diferencial de suportar altas temperaturas, prescindindo do uso de água corrente para a sua manipulação.
  • 5. Desejamos que a vigilância sanitária faça uma avaliação dos alimentos que podem ou não serem manipulados na rua, pois é bom atentar para o perigo de um turista ingerir uma comida manipulada sem segurança pondo em risco a sua saúde, com reflexos altamente negativos, o que também comprometerá sua viagem; assim, caso isto aconteça, ele ainda sairá de Salvador com um péssima recordação, gerando um grande multiplicador negativo de nossa cidade.
  • 6. É sabido que os turistas vêm sempre em busca de experiência no local que visitam e que a comida típica é uma das formas de lhes proporcionar experiências únicas. Por isso, pedimos que só seja liberado quiosques tão somente para vendedores de comida baiana que representa nossa cultura e nos mantenham no viés da sustentabilidade, uma vez que isso é um forte vetor identitário. Lembramos também que a maioria dos ambulantes de nossa cidade têm baixa escolaridade e que a cozinha típica não requer grandes cursos para absorção das técnicas culinárias. Já é natural o saber fazer , pois preservar a cozinha de um povo é preservar sua identidade”.
  • 7. Aumentar a exposição do nosso papel na história da cidade de Salvador com inserção de uma escultura de Caramuru sob as pedras da encosta do Morro do Conselho, local onde ele emergiu, construindo pequena passarela em madeira entre o local e o Mercado do Peixe. Isso irá gerar um excelente ponto de visitação e ótimo para fotografia, divulgando nosso Bairro para o mundo.
  • 8. Explorar ao máximo o potencial de Bairro Criativo, incrementando arte nas ruas com objetivo de oferecer um visual lúdico e encantador para os moradores e visitantes. Queremos a liberação de 50 espaços já por nós mapeados no bairro, para inclusão de arte urbana com incentivo da Prefeitura no que tange à remuneração dos artistas. Esse projeto tem a curadoria de Landeiro Galerista e está estimado em R$ 7.000,00 (sete mil reais)
  • 9. Sinalização dos monumentos históricos e culturais, com breve descrição dos mesmos: monumento do Mestre Didi, Zélia e Jorge Amado, esculturas de Bel Borba, Casa de Yemanjá, Yemanjá de Tati Moreno no Largo da Mariquita, entre outros que já catalogamos.
  • 10. No caso da Casa de Zélia e Jorge Amado, sendo suas obras traduzidas em 48 idiomas, é importante para os visitantes estrangeiros que conheçam o acervo por meio de material em inglês e espanhol, a princípio.
  • 11. Criação de roteiros turísticos do Bairro, para veiculação em mídia digital e/ou impressa, com o approach que induza o turista a explorar o Bairro, a exemplo de:
    • a. RV Caminhando, RV Pedalando: relevando os monumentos artísticos culturais, praças, casa de arte e cultura – contemplar um dia ou dois dias
    • b. RV das Artes: colocar todos os monumentos, esculturas, grafites, mosaicos, galerias, etc.
    • c. RV História – Casa de Jorge Amado, Caramuru, Catarina Paraguaçu, Yemanjá, etc, monumentos históricos e fatos relevantes da nossa história
    • d. RV Gastronomia – todos os restaurantes
    • e. RV Botecando – todos os bares e botecos
    • f. RV Comida de Rua – todos os quiosques
    • g. RV Dançante – todas as casas noturnas
    • h. RV Praças – todas as praças e seus equipamentos e eventos como capoeira, feirinhas, exposições, etc
    • i. RV Festas – todas as festas de nosso calendário: Yemanjá, Primavera, Carnaval, Festa de Santana (padroeira com a procissão), bairro Escola RV na praça etc
    • j. RV Onde Ficar – todos nossos equipamentos de hospedagem, segmentados e qualificados
    • k. RV Espetáculos – teatros e casas de show
  • 12. Promover a da Casa de Yemanjá e das cooperativas de pescadores, com divulgação de uma agenda provável de jogada de rede, grande espetáculo pintado por Caribé, que por muito tempo exibido como cartão postal da cidade e hoje infelizmente em desuso e sem divulgação.
  • 13. Incentivo à prática de capoeira nas praças, dotando o Largo da Mariquita de espaço adequado para isso e que também seja utilizado para apresentação de outras expressões artísticas das nossas escolas e do bairro como um todo.
  • 14. Ampliação dos bicicletários do bairro, estimulando o uso das bicicletas do projeto “Salvador vai de bike” e disponibilizando ao lado desses, barras para estacionamento de bicicletas particulares.
  • 15. Uma agenda de limpeza das ruas e praças (rua e lixeiras) que esteja em acordo com o funcionamento do Bairro. Lembrando que nossas praças têm mais uso nos finais de tarde e nos finais de semana e feriados, quando a limpeza das lixeiras e das ruas não funciona a contento e por isso necessita, urgente, de uma reordenação desses serviços.
  • 16. Implantação de lixeiras com seleção de lixo padrão internacional e a devida sinalização, em toda a nossa orla e praças
  • 17. Implantação de dois ECO-Pontos para receber lixo classificado de moradores e empresários. Sugerimos estudo para desapropriação de terrenos baldios que só favorecem a proliferação de vetores sanitários, agentes ofensivos à saúde pública do Bairro e causa terror aos empresários que, volta e meia, se vêm invadidos por eles, não obstante às frequentes sessões de dedetização exigidas pela vigilância sanitária.
  • 18. Requalificação das demais praças do bairro, fora da orla, que não foram contempladas nas obras de requalificação, seguindo a vocação de cada uma, dando tratamento paisagístico, criando mais áreas de sombra, parques infantis, bicicletário:
  • a. Fonte do Boi – jardim e aparelhos de ginástica, iluminação, bicicletário “Salvador vai de bike”, par estimular os turistas hospedados circularem de bike no bairro.
  • b. Pau Brasil (entrada do Manoel devoto) – arborização, jardinagem, parque infantil, iluminação, bicicletário público e do Salvador vai de bike, ECO-PONTO, equipamentos de ginástica
  • c. Nelson Fonseca (rua do Canal) – aparelhos de ginástica, iluminação, bancos.
  • d. Morro das Vivendas – projeto que inclua: ECO-PONTO, aparelhos de ginastica, iluminação, parque infantil, bancos, 1 quadra poli-esportiva fechada, com hora e agenda de funcionamento e quadra de Tenis (modelo da boca do rio na orla), quiosque para baiana e água de coco e estacionamento para ambulantes em carrinhos, bicicletário público e do Salvador vai de bike, policiamento.
  • 19. Arborização do estacionamento do Mercado do Peixe, em sinergia com a paisagem marítima. Para isso recomendamos o uso de coqueiros/palmeiras e pequenos arbustos para adorno e redução da aridez de uma área de estacionamento e não impedindo a vista mar.

O QUE QUEREMOS NO LARGO DA MARIQUITA

  • 1. O Largo da Mariquita é um dos cartões Postais do Rio Vermelho e da Cidade do Salvador, sendo o melhor e maior espaço disponível no bairro para atendimento de muitas das nossas demandas.
  • 2. O projeto atualmente proposto pela Prefeitura não atende completamente à criação de uma espaço de convivência, lazer e entretenimento que atenda todos atores da nossa matriz de moradores/usuários/visitantes;
  • 3. O aquecimento global é uma realidade e a atual conformação do projeto no Largo da Mariquita com a cobertura do rio e muitas áreas cimentadas se reverterá em uma ilha de calor no Bairro.
  • 4. Reza o Código de Obras da PMS, que projetos de Urbanização devem ter pelo menos 20% de sua área total permeável e o projeto atual não atende essa legislação com áreas verdes.
  • 5. A retirada das poucas áreas de jardim, sem inclusão de novas grandes áreas verdes, apenas pequenas jardineiras, no Largo da Mariquita compromete esta premissa legal, gera desconforto ao bairro como um todo e pouca atratividade para moradores, usuários e turistas.
  • 6. Propomos portanto, a incorporação de mais áreas de jardins (100% de permeabilidade) ao Largo da Mariquita, buscando transformá-lo no pulmão do Bairro, sendo desconsiderado as áreas de intertravados como áreas permeáveis para atender a Lei de 20% do Código de Obras. Ressaltamos que o pavimento Intertravado possui apenas 0.1% de permeabilidade, se assentados sobre areia e sem rejuntamento.
  • 7. As áreas de convivência projetadas para o Largo não criam grandes atrativos para moradores e usuários, com exuberância de áreas com revestimento que geram aquecimento.
  • 8. Pedimos ampliação dos espaços abertos sombreados com vegetação, bancos e atrativos para servir de locais de encontros de pessoas idosas assim como, de playground para crianças;
  • 9. Prever uma grande área sombreada para eventos periódicos tipo feira de orgânicos, artesanatos, eventos artísticos, esportivos, etc. Esta área deverá contar com uma vista privilegiada para o mar e deverá ter capacidade para abrigar pequenos eventos como apresentações de artistas que produzam arte ao vivo (art in progress), tendo como referência famosos destinos turísticos do mundo como Paris, Buenos Aires, Barcelona e Nova York.
    • a. Sugerimos um grande pergolado com plantas trepadeiras tipo alamandas coloridas e/ou tumbergias, ambas resistentes ao vento e não demandam irrigação constante.
  • 10. Criar um pequeno espaço restrito para inclusão de parque infantil com equipamentos orgânicos (madeira).
  • 11. Criar uma área para capoeiristas na praça – tipo uma pequena arena- que viabilize apresentações constantes, gerando renda para nossos capoeiristas e atrativo turístico;
  • 12. Ampliar a previsão de pelo menos 60 bancos espalhados na praça. Sugerimos a utilização de madeira como principal elemento de fabricação dos mesmos;
  • 13. Criar áreas de convivência com pelo menos seis grupos de mesas tipo dominó;
  • 14. Construir uma fonte de água simples para refrescar a praça e dar conforto ao ambiente, próximo ao parque infantil.
  • 15. Ampliar e distribuir, pelo menos, 20 lixeiras adicionais pela área;
  • 16. Limitar a ocupação do bares existentes no Largo da Mariquita com ordenamento da área a ser utilizada e recomendação do mobiliário que seja mais orgânico, coibindo para sempre o uso de móveis plásticos. Inclui ai a remoção e proibição do uso de sombreiros e toldos fixos em materiais plásticos, sem charme e que limitam o uso de grandes áreas do nosso espaço público, para ganho de poucos.
  • 17. Exigir na contra partida do uso dos espaços públicos por bares e restaurantes, que eles cuidem do lixo, fazendo separação para coleta seletiva e mantenham durante o uso e após ele, a praça sempre limpa.
  • 18. Pedimos ordenamento dos ambulantes, coibindo a ocupação excessiva e predatória do patrimônio público.
  • 19. Pedimos que a comercialização da comida de rua em pontos fixos, só seja liberada para funcionar em quiosques orgânicos, com infraestrutura adequada à manipulação segura de alimentos. Lembrando que os quiosques devem privilegiar seu uso pelas baiana de acarajé e o beijú, fortes vetores de identidade da nossa cultura.
  • 20. Lembramos também que a maioria dos ambulantes de nossa cidade têm baixa escolaridade e que a cozinha típica não requer grandes cursos para absorção das técnicas culinárias. Já é natural o saber fazer e que preservar a cozinha de um povo e preservar sua identidade”.
  • 21. Capacitar nossos ambulantes cadastrados com cursos em técnicas culinárias em cozinha típica, sustentabilidade ambiental e agregação de valor com inovações não requer grandes investimentos para absorção destes conceitos;
  • 22. Fazer a previsão da atuação da Zona Azul no Largo da Mariquita, Praça do Sesi e Borges dos Reis, entre às 7 e 24hs;
  • 23. Alocação de duas vagas para carga e descarga, das 7:00 às 18:00, com uso limitado em apenas 20 minutos e impedimento de estacionamento de veículos utilitários 24 horas nas demais vagas.
  • 24. Reativação da fonte existente na Praça que fica em frente à Mariquita e em frente à Fogo de Chão, com plantio de uma jardim baixo que dê visibilidade à fonte que é linda.
  • 25. Criação de um estacionamento de motos, com sinalização de piso e área adequadas.
  • 26. Disponibilização de barras para estacionamento de bikes particulares, além da parada do “Salvador vai de Bike”.
  • 27. Uma agenda de limpeza das ruas e praças (rua e lixeiras) que esteja em acordo com o funcionamento da Praça. Lembrando que o Largo da Mariquita tem mais uso nos finais de tarde e nos finais de semana e feriados quando a limpeza de lixeiras e das ruas não funciona. Logo urge uma reordenação desses serviços.
  • 28. As vias e acessos de entrada e saída do Bairro precisam ser racionalizadas, de forma a preservar os fluxos de veículos, circulação de pedestres e a disponibilidade de áreas de estacionamento.
  • 29. Solicitamos um novo estudo de tráfego visando melhorar o fluxo do bairro:
    • a. ampliar a via na Borges dos Reis até o antigo guarda-corpo da ponte antiga, com o objetivo de diminuir o conflito da Rua Conselheiro Pedro Luís e Rua Guedes Cabral que confluem para a Rua Odilon Santos;
    • b. Fazer um novo traçado da via que circunda a Praça e desemboca na Rua do Meio;
  • 30. Ordenar a ocupação das imediações da praça na semana da Festa de Yemanjá para manter o Bairro funcionando normalmente e com isso aproveitar o público estimado de 400 mil visitantes do dia 2 de fevereiro. Considerar a festa como oportunidade para nos mostrarmos como bairro diferenciado e buscarmos o retorno desses turistas e/ou indicação dos mesmos por onde forem.

Por fim, pedimos aqui a requalificação do Projeto do Largo da Mariquita como forma de termos melhorias significativas no nosso bairro e consequentemente na Cidade de Salvador.

PROJETO FESTA YEMANJÁ SUSTENTÁVEL

  • 1. Precisamos aproveitar o público estimado de 400 mil visitantes do dia 2 de fevereiro, para nos mostrar como Bairro Criativo e com isso buscarmos o retorno desses turistas e/ou indicação dos mesmos por onde forem.
  • 2. Marcar as calçadas com fita e não com tinta como é feito hoje, para não danificar os novos passeios
  • 3. Promover o ordenamento da invasão de barracas montadas com equipamentos e visual de baixíssimo nível (hoje em plástico de péssima qualidade) na semana da Festa de Yemanjá, com o objetivo de manter o bairro funcionando normalmente.
  • 4. Coibir e fiscalizar para que os barraqueiros não danifiquem as calçadas e praças com buracos de sustentação de suas barracas.
  • 5. Queremos que as barracas tenham recomendação de materiais e locais limitados, sendo as mesma alocadas no novo estacionamento do Mercado do Peixe e NÃO nas nossas praças. Ou seja, criar uma grande área de barracas simples, mas bonitas.
  • 6. Os banheiros químicos devem ser colocados no estacionamento do Mercado do Peixe, na Rua do Canal e ruas vicinais e não na frente do mar e dos estabelecimentos comerciais, viabilizando o livre funcionamento.
  • 7. Fazer ordenamento das barracas de lembrancinhas que se amontoam próximas à Casa de Yemanjá
  • 8. Liberar a montagem das barracas apenas à noite, que antecede dois dias da Festa.
  • 9. Que os ambulantes sejam liberados para trabalhar em local pré-definido e que isso seja fiscalizado para viabilizar aos comerciantes permanentes existentes no bairro funcionar, pois hoje nossas portas são tomadas por eles, e os empresários também querem participar da Festa. Devemos criar zonas de concentração para quem quer vender estacionado. Estimular vender em movimento e não parados na porta de nossas casas.
  • 10. Lixeiras extras no percurso do bairro e ao longo da Praia da Paciência (areia) com recolha de lixo durante toda a festa.
  • 11. Que a limpeza de rua e de lixeiras seja intensificada antes, durante e depois da Festa.
  • 12. Que a fiscalização seja intensificada, principalmente no que tange às cervejarias que no dia da Festa, na calada da madrugada, distribuem isopor pelas ruas sem nenhum compromisso com a limpeza, deixando até o plástico que envolve os mesmos nas ruas e por vezes dentro do canal que desagua no mar.
  • 13. Queremos um plano de recolha do lixo gerado pela Festa de forma sustentável e responsável pelo meio ambiente, pois queremos ser vistos mundialmente como uma Bairro Sustentável, e a festa nos põe em exposição negativa mundial.
  • 14. Estudar a criação de uma área de recebimento de latinhas e garrafas, com pesagem e pagamento para os catadores.
  • 15. Queremos uma reunião com o responsável pelo marketing do patrocinador da festa para discutirmos imagem que queremos mostrar ao mundo do nosso bairro, e não simplesmente recebermos um monte de plástico sem nenhuma identidade com a festa ou com o local, que serve muito mal para vender as cerveja deles. Podemos sim ter um projeto de Festa sustentável, linda, identitária, que reforce a magia do simbólico mas que deixe um legado turístico e de renda no bairro. Acreditamos que a ordenação da Festa vai reverberar positivamente, atraindo inclusive bons patrocinadores.

PROJETO CARNAVAL NO RIO VERMELHO CRIATIVO E SUSTENTÁVEL

  • 1. Projeto que selecione bandas de fanfarra, com programação de bailes temáticos em praças e ruas reservadas: infantil, baile da saudade (jovens há muito tempo), baile de máscaras, baile da juventude, baile GLBT, baile dos artistas e afro.
  • 2. Inclusão do nosso Carnaval de bairro no guarda-chuva de patrocínio para Carnaval, negociado pela PMS.
  • 3. Apoio à nossa Associação para organização do nosso Carnaval.
  • 4. Cronograma de apresentação/locais de concentração que inclua a festa mas não inviabilize o funcionamento normal dos comércios.
  • 5. Inclusão de lixeiras extras e limpeza durante toda a festa
  • 6. Limitar a festa das 17 às 24 horas, sábado, domingo, segunda e terça.
  • 7. Impedir a invasão de barracas montadas e ou toldos para abrigar alimentos e bebidas. Deixar as praças desimpedidas, para uso dos foliões.
  • 8. Regulação de vendedores de rua só permitindo ambulantes em carrinhos com mobilidade.
  • 9. Possibilitar patrocinadores no bairro, desde que com anuência da AMARV e que apresente um projeto visual, tendo como requisito o uso de elementos orgânicos.

Carnaval do bairro volta à pauta no projeto Rio Vermelho Criativo

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7 Comentários
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  1. pra ke carnaval aki ?
    a festa de iemanjá já virou 1 carnaval informal

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  2. Amiga Carmela: O presente trabalho é muito bem elaborado, a equipe que o fez, pesquisou e andou pelo Rio Vermelho. Discordo veementemente de se fazer um carnaval no Rio Vermelho. Os moradores do bairro em Audiência Pública realizada no Salão Paroquial da Igreja de Santana, votou unanimente contra o Carnaval no bairro. Do jeito que está exposto esta pretendida festa só irá beneficiar os donos de bares, restaurantes e meios de hospedagem, em detrimento dos moradores do Rio Vermelho.
    Devemos dizer não ao carnaval aqui. Manoel Sobrinho

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  3. Sou moradora do bairro há mais de 30 anos, além da minha família quase toda e sou totalmente contra que exista um carnaval aqui

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  4. Nada de carnaval no Rio Vermelho!!!Não, não e não!!!!

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  5. Vira e mexe esta tal questão volta ao debate, confesso, que desta vez, trata-se de uma articulação com defensores de alto calibre, (de AR-15 pra lá), de modo que, não quero tomar partido, gostaria apenas de tecer algumas considerações;
    A primeira artimanha que imediatamente identifiquei, dentre todos os projetos supracitados, foi uma deliberada inexpressividade, quase que despercebida, na posição, vamos dizer, de menor importância entre todas apresentadas, quando se referiram ao "CARNAVALLLLLL". Ai, alguém vai dizer - Mas Branco, logo voce, eu mesmo já vi você doidão no desfile dos palhaços, cheguei até a filmar, não é Carmela? Respondo, ééé, porém, não sou contra que haja uma festa momesca no Rio Vermelho, mas, preferiria que fosse nos moldes daqueles dos de antigamente, em que ninguém matava ninguém, ninguém estuprava a mulher ou a filha de ninguém, ninguém roubava ninguém, resumindo, era de fato uma festa realmente espetacular! Porém, para subsidiar o referido projeto, falaram em patrocínio da PMS, (diga-se ACM Neto), e, dos cofres públicos, só sai recurso para qualquer tipo de festa, seja ela qual for, Netinho vai passar essa bola para os "patrocinadores". E quem será eles? Vou logo avisando, não falem nem por decreto na palavra "PETROBRAS", " Cruz- Credo!! chega me dá arrepios quando falo ou escrevo esse palavrão, me da logo a impressão que vou ser investigado por Sérgio Moro na Operação Lava-Jato e, a única saída é eu ter que optar pela "Delação Premiada". Aí, quem sobraria com dinheiro a vontade ou melhor "a rôdo" pra patrocinar essa brincadeira? Respondo eu mesmo; " as cervejarias", haaaaá, e o que é que tem demais as cervejarias patrocinar o carnaval no Rio Vermelho? Vai pergunta logo um biriteiro gaiato. De fato, não tem nada demais, só que há um senão, dirá imediatamente cervejeiros, (cervejeiros os que fabricam, não é os que entornam!). "Pra patrocinar a gente patrocina, home quá, só que tem de ter trio elétrico, se não tiver trio elétrico não vai ter biriteiro, só vai ter meia dúzia de velhos e, velhos já dobrou o "Cabo da Boa Esperança", não aguenta mais encher a cara, se não tem quem encha a cara, não tem lucro, se não tem lucro, não tem dinheiro. Agora, se pelo ao menos, tiver no mínimo uns 20 trios elétricos, hááá´, podem ter certeza que dinheiro não vai faltar! Pode até faltar umas ambulâncias da SAMUR, mas patrocínio não!

    BRANCO.

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