Ninguém mais fala da Casa de Zélia e Jorge Amado

Depois de muita polêmica ninguém mais fala sobre o destino que será dado à casa dos escritores Zélia e Jorge Amado, localizada na Rua Alagoinhas.

A Casa do Rio Vermelho, onde o casal viveu durante mais de quatro décadas, reuninindo amigos ilustres e obras de arte, deveria abrigar um memorial de acordo com a vontade de Zélia, que ainda em vida solicitou o tombamento do imóvel ao Conselho Estadual de Cultura, em 2005, mas o pedido foi negado. No início de 2008 o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) recorreu da decisão, alegando que a casa não deveria ser tombada por suas características arquitetônicas, mas por sua importância histórica e cultural.

A decisão foi revista e o tambamento acatado. O processo chegou a ficar pronto esperando apenas a assinatura do governador e a publicação no Diário Oficial. Entretanto, não se chegou a um consenso com os herdeiros sobre a instalação do memorial. Em novembro do ano passado, os filhos do casal anunciaram o leilão de um lote de mais de 500 quadros, escultura e objetos de arte e informaram que a família não tinha mais interesse no tombamento e que o dinheiro arrecado com o leilão serviria para a restauração da casa. Depois desse fato, nada mais foi divulgado sobre o destino do imóvel o que é lamentável.